O Cimed, clube defendido por Giba, confirmou na última quinta-feira à noite que o ponteiro da seleção brasileira terá de ser submetido a uma cirurgia na tíbia da sua canela esquerda. O procedimento será realizado no próximo dia 13 e servirá para tratar de um princípio de fratura por estresse. Com isso, o jogador passou a virar a mais nova preocupação do técnico Bernardinho, que nesta sexta afirmou que confiar na presença do atacante nos Jogos Olímpicos de Londres, marcados para acontecer entre 27 de julho e 12 de agosto.

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“Precisamos entender a importância dessa cirurgia agora em função da sua recuperação a tempo de disputar os Jogos Olímpicos. O Giba é um jogador fundamental para a equipe e confiamos que ele estará, sim, recuperado e bem até Londres”, afirmou o treinador, em entrevista ao site oficial da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV)

Giba vinha tentando tratar da lesão de forma convencional, mas o trabalho de fisioterapia não surtiu o efeito desejado. O problema o deixou fora do último Campeonato Sul-Americano, em setembro do ano passado, e se agravou durante a disputa da Copa do Mundo, realizada em novembro, no Japão.

Tricampeão mundial e medalhista de ouro na Olimpíada de Atenas, em 2004, Giba espera poder encerrar a sua trajetória na seleção com a disputa dos Jogos de Londres. E ele não escondeu o abatimento quando soube que terá de passar pela cirurgia. “Está sendo o momento mais difícil para trabalhar a minha cabeça, mas, se o problema existe, temos de encontrar a solução. É mais uma dificuldade que vou ter de superar na minha vida”, ressaltou.

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Giba será operado pelo médico da seleção brasileira de vôlei, Ney Pecegueiro, que aposta que o jogador irá se recuperar a tempo de disputar a Olimpíada de Londres. “Em termos simples, a fratura na tíbia do Giba não está colando. Então, vamos colocar uma haste de titânio dentro do osso, que o deixará imobilizado. Dessa forma, ele poderá começar a preparação atlética mais cedo. O objetivo é que ele esteja recuperado até os Jogos Olímpicos”, ressaltou.

Pecegueiro também não quis estabelecer um tempo definido de recuperação, mas exibiu confiança de que o ponteiro defenderá o Brasil em Londres. “Acredito que entre dois e três meses após a cirurgia, Giba já esteja liberado para retomar os treinamentos. Na volta, unimos o treino com a fisioterapia, desta vez, em um novo trabalho de recuperação”, completou.

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Por causa da fratura na canela, Giba ainda não pôde estrear pelo Cimed na Superliga Masculina de Vôlei, fato também lamentado pelo jogador, que defendeu o Pinheiros nas duas edições anteriores da competição.

“Estou chateado por não poder jogar este ano. Aconteceu esse casamento da Cimed com a SKY e gostaria muito de estar em quadra, mas, infelizmente, não estou podendo ajudar o time. Por outro lado tenho que ver que, para a minha carreira, em um ano olímpico, o mais correto era tomar a providência que estamos tendo. A cirurgia é o melhor a ser feito”, admitiu o ponteiro, se referindo ao fato de que acabou de se transferir para um novo time após o patrocinador do Pinheiros ter deixado o clube e migrado junto com o atleta para o Cimed.