O Engenheiro Beltrão viu frustrada mais uma tentativa de voltar à elite do futebol paranaense. Por cinco votos contra dois, o Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol (TJD-PR) julgou improcedente a ação da equipe, que pedia a anulação de seu rebaixamento na edição do ano passado. Agora, resta ao clube ingressar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio, conforme prometeram os advogados.
Os auditores que negaram a ação basearam o voto no Estatuto da Federação Paranaense de Futebol (FPF). A norma estipula prazo de cinco dias para os clubes contestarem as decisões tomadas nos arbitrais. O arbitral do Estadual/05 aconteceu em 20 de setembro de 2004, mas o Engenheiro entrou com a ação somente em 15 de junho de 2005 – quase dois meses depois do término do campeonato.
Evocando o Estatuto do Torcedor, o time do interior argumentava que a FPF só poderia alterar o regulamento do Estadual após dois anos de vigência. Em 2005, caíram os lanternas dos grupos da fase de classificação (Engenheiro e Império do Futebol), e em 2004 os rebaixados saíram de um quadrangular final).
Mesmo que o rebaixamento seja mantido no STJD, o Engenheiro ainda espera ser beneficiado pelo ?tapetão? em duas frentes. Na Justiça Comum de Engenheiro Beltrão, um suposto torcedor do clube ganhou em primeira instância uma ação semelhante à julgada ontem na esfera desportiva. Graças a um efeito suspensivo, a FPF, que acusa o torcedor de ser ex-funcionário do time, pôde divulgar a tabela do Estadual/06 sem o Engenheiro. O caso seguiu para o Tribunal de Justiça do Paraná. O Engenheiro espera ainda tomar a vaga do União Bandeirante. Até amanhã, Noroeste deve entrar com mandado de garantia na FPF e no TJD, alegando que o União não poderia reintegrar o torneio depois de formalizar a desistência. Ontem, porém, a FPF divulgou que o alvinegro do Norte Pioneiro confirmou, oficialmente, sua presença no Estadual/06.