Preparado para a queda no ranking após sofrer derrota logo na estreia do Torneio de Gstaad, na Suíça, há uma semana, Thomaz Bellucci recebeu com naturalidade a notícia de que caiu da 21.ª para a 27.ª posição do ranking mundial na última segunda-feira. Com calma, como é de seu feitio, o canhoto de Tietê se distrai em sua casa, em Alphaville (região metropolitana de São Paulo), concentrado em suas leituras.
O livro de cabeceira nestes dias é “Crime e Castigo”, de Dostoievski. Nesta segunda-feira, o jogador que atingiu a segunda posição mais alta da história do tênis brasileiro no ranking mundial, atrás apenas de Gustavo Kuerten, que foi líder, interrompeu seu descanso para conversar com a reportagem da Agência Estado, por telefone. “Não sou fissurado por ranking. O que pretendo é buscar consistência, manter o nível de jogo no nível mais alto. Para isso, a prioridade é reduzir o número de erros não forçados e chegar mais à rede”.
De tão concentrado, Bellucci afirma que nem sabe dizer se aumentou o assédio de mulheres por conta da fama que se amplia. “Se mudou alguma coisa, não sei. Estou muito focado”.
Quanto ao aspecto mental, o tenista luta para evitar o abatimento que sentia ao sofrer derrotas inesperadas, como no meio da temporada passada. “Estou procurando administrar melhor as derrotas. A maturidade é isso: sei que um jogo não vai decidir a minha carreira”.