Companheiro de Ronaldo no Conselho de Administração do Comitê Organizador Local (COL) da Copa, o tetracampeão Bebeto afirmou nesta quinta-feira no Rio que fica triste com as críticas do ex-parceiro de seleção brasileira e atual deputado federal Romário (PSB-RJ). Também deputado, mas estadual (PDT), Bebeto disse que esperava todos unidos para fazer “o melhor Mundial de todos os tempos”.

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“Queríamos o Romário perto da gente, é o nome do nosso País que está em jogo”, afirmou Bebeto, chamado pela Fifa para entrevista coletiva sobre o programa de voluntários. “Ofereceram [salário] para mim e para o Ronaldo, mas abrimos mão disso tudo. Abri mão porque o mais importante é o aprendizado que estou tendo. Eu não tinha noção do que era realizar uma Copa do Mundo, por isso abrimos mão do dinheiro em prol do Brasil”.

“Infelizmente, Romário tem um pensamento totalmente diferente do meu”, disse Bebeto, que mostrou estar afinado com o discurso da Fifa dos últimos dias, na ofensiva lançada para convencer os brasileiros de que a Copa é boa para o País: “É bom falar que a Fifa não pediu para fazer a Copa do Mundo aqui, nós é que lutamos muito. Eu fico triste (com o Romário) porque sem dúvida fizemos uma grande dupla, foi coisa de Deus, mesmo, e queríamos ele perto, mas infelizmente está aí nessa situação que todos conhecemos”.

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Romário criticou nos últimos dias o companheiro de Bebeto no Conselho de Administração do COL, Ronaldo. “Ele (Romário) tem um pensamento, o meu é diferente e vida que segue. Mas vai ser sempre meu amigo, respeito e tenho um carinho muito grande por ele”.

Falando como deputado, Bebeto pediu transparência nos gastos públicos com a reforma do Maracanã. “Estou aqui como membro do COL e voluntário, mas vou responder a essa pergunta. Se foi gasto isso tudo (mais de R$ 1,2 bilhão), então quero transparência e tenho de cobrar do governo por que gastou isso. Acho que o governador (do Rio, Sérgio Cabral) tem de mostrar por que gastou, mas o Maracanã está maravilhoso”, disse.

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