O Atlético conquistou mais um título, entrou em férias mas a diretoria não pára. Esta semana já começa o planejamento para a próxima temporada. A intenção é manter a maior parte dos jogadores para a disputa da Copa dos Campeões e do Campeonato Brasileiro. Poucos reforços e poucas saídas devem acontecer no clube para o segundo semestre.
“Com raríssima exceção, esse elenco fica para o Brasileiro”, revela o coordenador técnico Antônio Carlos Gomes. Segundo ele, a maior dificuldade vai ser manter no grupo o meia Adriano e o zagueiro Gustavo. “O Adriano tem uma negociação difícil porque ele tem que voltar agora para o Olympique e o Gustavo é da casa mas está valorizado pela conquista do Brasileiro”, explica. Gomes até já antevê que os dois vão pedir um bom aumento de salário para a renovação. Além desses dois, apenas o goleiro Adriano Basso tem contrato por encerrar e deverá discutir a sua permanência.
Em contrapartida, ainda não há uma previsão de contratações. O único jogador bem encaminhado para vir é o meia Tucho, que pertence ao América Mineiro. O dirigente desmentiu a possibilidade do meia Alexandre e do atacante Márcio (ambos do Paraná) desembarcarem na Arena. “Alguns diretores conversaram com o empresário deles mas não houve nenhum contato oficial. A princípio não interessa ao clube”, apontou.
Elenco ainda mantém 8 campeões de 2000
Rodrigo Sell
A faixa dos vendedores ambulantes já diz tudo. O Atlético é super tricampeão. E é assim que os jogadores se consideraram ao final da partida de ontem mesmo tendo sidos goleados pelo Paraná Clube. Nesta galeria, oito deles puderam comemorar a conquista com mais intensidade. Adauto, Adriano, Cocito, Fabiano, Flávio, Gustavo, Ígor e Kléber estiveram presentes nas três comemorações atleticanas.
“A gente entrou com o jogo ganho e acabou diminuindo o ritmo”, analisou o atacante Kléber. Para ele, o resultado de ontem não importava muito, o que ele queria era festejar. “A torcida veio e fez a sua parte, nós jogamos com o regulamento e o importante é o título”, destacou. Nunca uma derrota por goleada foi tão festejada. “A gente não poderia deixar acontecer, mas valeu por mais essa festa para a torcida”, disse.
Também feliz estava o volante Cocito. Mesmo já acostumado a levantar títulos pelo rubro-negro, no paranaense é a primeira vez que ele chega à final como titular. “Um título sempre é importante e este mais do que tudo porque entra para a história do clube e nós também estaremos fazendo parte disso que aconteceu aqui na Vila”, vibrou.
A presença de tantos jogadores que participaram das três conquistas mostra a força do conjunto que o time foi adquirindo ao longo do tempo. Para o preparador físico, Eudes Pedro, a manutenção da base foi fundamental para mais esse título. “Esse grupo é excelente e mostrou mais uma vez a sua qualidade ao chegar a esse tricampeonato”, finalizou.
Riva
O técnico do Atlético, Riva Carli, perdeu a invencibilidade mas se tornou campeão na primeira competição à frente do time. Para ele, o importante agora é dar continuidade ao trabalho e fazer um melhor planejamento para o segundo semestre.
“Temos que começar a pensar no futuro e apagar essa imagem negativa que deixamos no início do semestre”, apontou Riva. De acordo com ele, o planejamento para a Libertadores foi equivocado e causou o fracasso na competição sulamericana. “O Atlético não pode repetir uma situação dessa”, continuou. Segundo ele, este título é igual aos outros, mas para a carreira lhe dá mais um ponto a mais na carreira.