Se contar tudo, o sábado acabou sendo bom para Rubens Barrichello em Cingapura. Afinal, o brasileiro teve de trocar o câmbio danificado em Spa, começou a classificação com cinco posições perdidas no grid como punição, a Brawn errou nos pneus dele e de Jenson Button na segunda parte do treino e, no fim, ele ainda bateu quando tentava melhorar seu tempo.
Mesmo assim, larga hoje na frente do companheiro de equipe e líder do Mundial para a 14ª etapa da temporada. É a chance de descontar mais alguns pontinhos dos 14 que o separam do inglês na classificação. Mas não muitos, a julgar pela concorrência.
Lewis Hamilton fez a pole com facilidade com a McLaren, os carros da Red Bull andaram bem e mais dois “outsiders”, Nico Rosberg (Williams) e Fernando Alonso (Renault), além da supreendente dupla da BMW Sauber, estão à frente dele no grid de largada.
Para o brasileiro, por todos os problemas que viveu antes e durante a sessão, o resultado foi “muito bom”. “Foi um treino agitado para mim, mas continuo otimista. Considerando tudo o que aconteceu, acredito que foi um resultado muito bom”, afirmou.
Rubens revelou que seu carro sofreu danos após ter cometido um erro durante o Q2. “Tive um problema quando passei muito forte pela zebra. Provavelmente danifiquei o assoalho do carro, que não estava bom no fim da sessão”, falou.
A batida no fim do Q3, que define os dez primeiros no grid, suspendeu a sessão e impediu que muitos pilotos que haviam colocado um novo jogo de pneus melhorassem seus tempos.
Assim, Hamilton assegurou sua terceira pole no ano e 16ª na carreira com o tempo de 1min47s891, 0s313 mais rápido que Vettel. “Foi uma pena a bandeira vermelha, porque eu vinha na minha melhor volta”, lamentou o alemão da Red Bull.
O inglês da McLaren, em compensação, era só alegria. “A gente começou mal na sexta-feira, mas descobrimos um problema no KERS pela manhã e melhorou demais. É um resultado fantástico.”
A decepção do dia foi a Ferrari. “Queríamos um carro no Q2 e outro no Q1, e não conseguimos”, reconheceu o chefe Stefano Domenicali. Giancarlo Fisichella ficou numa trágica 18ª posição e Kimi Raikkonen larga em 13º.
“Não tenho confiança no carro”, admitiu o italiano, que faz sua segunda prova pelo time vermelho. “É o preço que estamos pagando por parar com o desenvolvimento desse carro para pensar em 2010”, emendou o finlandês.
O GP de Cingapura, com 61 voltas, acontece hoje às 9h de Brasília, 20h locais. A previsão de chuva para o horário dos treinos não se confirmou e tudo indica que a prova será disputada também com pista seca.