Uma barreira policial impediu a passagem de cerca de cinco mil manifestantes, que pretendiam chegar até o Maracanã para protestar contra a privatização do estádio e a remoção de famílias por conta das obras motivadas pela Copa do Mundo de 2014. Por conta do protesto pelas ruas do Rio, a polícia antecipou o fechamento das vias próximas ao Maracanã, que estava inicialmente previsto para as 13 horas – o local receberá a final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha, a partir das 19 horas.
Na tentativa de sensibilizar a PM a liberar os acessos ao local, os ativistas chegaram a sentar no chão da Rua São Francisco Xavier e soltaram gritos de ordem como “Você aí fardado, também é explorado”. Sem sucesso, os organizadores do protesto resolveram desviar o trajeto e seguir até a Praça Afonso Pena, na Tijuca.
O ato ocorreu sem maiores transtornos. Mas um integrante do Comitê Popular da Copa, Vitor Mariano, informou que o carro de som foi desligado a pedido da PM, que teria informado aos manifestantes ser uma ordem direta do governo do Estado.
“Nosso objetivo era ir até a estátua do Bellini no Maracanã, fazer um minuto de silêncio, ler nossa pauta de reivindicações e bater em retirada. Mas colocaram a barreira antes do previsto”, disse Marcelo Edmundo, um dos líderes do Comitê Popular da Copa.
O movimento deste domingo agregou membros de partidos políticos, representantes de movimentos sociais, líderes estudantis e sindicalistas. Partidos como o PSTU e PSOL participaram sem serem hostilizados, como em outras manifestações populares este mês no Rio.