Opinião

Barraco era o elo que faltava para escancarar crise no Tricolor

Se faltava um elo para fechar o perigosíssimo ciclo que envolve o Paraná Clube, não falta mais. O desabafo de Giancarlo e a resposta de Marcos Amaral escancararam o que se suspeitava – o parceiro do Tricolor paga salários. Pelo que o jogador e o empresário disseram, o caso seria único, mas isso pouco importa. Afinal, agora a porta está aberta para que outros atletas possam não só reclamar dos atrasos com a diretoria do clube, mas ao mesmo tempo queiram receber do parceiro. E aí a anarquia se faz.

Os comandantes do Paraná assumiram o clube com o compromisso de mudar o estilo de se gerenciar o Tricolor. Só que a mudança, que era tratada como a inclusão paranista no mundo do “planejamento estratégico” na verdade virou mais do mesmo – com o agravante de hoje o clube ser refém de Marcos Amaral. O empresário não tem culpa. Sim, porque não foi ele quem obrigou o Paraná a transformar seu departamento de futebol em um entreposto de jogadores, alguns de qualidade pra lá de duvidosa. Ele está na dele, está fazendo seus negócios.

E a confirmação de que Giancarlo tem um regime especial de pagamento – se não receber em dia, Amaral lhe paga – mostra a que ponto está a relação entre clube e parceiro. Uma relação em que o parceiro não só sugere, mas também negocia (“Não falei com nenhum diretor antes de assinar contrato”, disse o centroavante à Tribuna 98), fecha contrato e paga salários. O Paraná Clube não merecia passar por isso. Mas passa, e por responsabilidade de quem está no comando, no caso o presidente Rubens Bohlen e o homem-forte Celso Bittencourt.

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