O ano mudou, mas a sorte continua distante do Palmeiras em 2013. Na estreia pelo Campeonato Paulista neste domingo, a equipe alviverde jogou melhor que o adversário e dominou o confronto, mas não saiu de um empate por 0 a 0 contra o Bragantino no Estádio do Pacaembu. O resultado poderia ter sido diferente, se o centroavante Hernán Barcos não tivesse perdido um pênalti no segundo tempo, mandando a bola na trave. Com o resultado, o Palmeiras manteve a marca positiva de 18 anos sem perder no início da competição, mas estreou sem a vitória desejada pela torcida.
Com menos contratações para temporada em relação a seus maiores rivais, a equipe comandada pelo técnico Gilson Kleina veio com poucas mudanças em relação à que foi rebaixada no Campeonato Brasileiro de 2012. Com Barcos como capitão, as novidades foram as estreias do goleiro Fernando Prass (ex-Vasco) e do lateral-direito Ayrton (ex-Coritiba), além da volta do volante Souza, que fez boa temporada no ano passado no Náutico.
A primeira oportunidade mais forte de gol foi do Bragantino. Aos 6 minutos, o lateral-esquerdo Léo Jaime recebeu a bola na grande área, mas chutou sem direção e a bola foi para longe do gol de Fernando Prass. O Palmeiras respondeu logo em seguida, aos 9, quando, depois de uma cobrança de falta, Barcos recebeu a bola de costas para o gol. Ele girou e chutou, mas a bola pegou efeito e foi para a fora.
Aos 12, Souza, destaque da partida, cobrou falta pelo lado esquerdo da intermediária. A bola passou perigosamente acima do travessão de Rafael Defendi, levantando a torcida alviverde. Aos 14, desta vez com bola rolando, o mesmo Souza arriscou chute cruzado de fora da área, mas a bola passou rente à trave esquerda do goleiro do Bragantino e, por pouco, o placar não foi aberto no Pacaembu.
O volante palmeirense empolgava os torcedores, já que, aos 18, com mais uma cobrança de falta na intermediária, obrigou Rafael Defendi a praticar uma importante defesa. A equipe alviverde tinha o domínio da partida e quase chegou novamente ao gol aos 22, num cruzamento de Luan, com Barcos cabeceando a bola para cima do gol.
Após os 25 minutos de jogo, os lances mais agudos de gol diminuíram, mas o Palmeiras continuou com o maior domínio de bola. Com boa marcação, o alviverde roubava várias bolas da equipe do interior e deixou boa impressão para sua torcida, apesar do placar inalterado da etapa inicial.
Para o segundo tempo, as equipes voltaram sem modificações. O Bragantino voltou pressionando um pouco mais do que na primeira metade, mas esta mudança se restringiu à marcação, sem gerar lances de perigo contra o Palmeiras.
Aos 11 minutos, Souza voltou a atormentar a defesa do Bragantino e sofreu pênalti. Ele apareceu livre na pequena área, driblou o goleiro e foi derrubado. Na cobrança, Barcos tentou colocar a bola no canto direito de Rafael Defendi, mas ela caprichosamente carimbou a trave, frustrando a torcida.
Após o pênalti perdido, o técnico Gilson Kleina não esperou para mudar o Palmeiras. Tirou o meia Patrick Vieira para a entrada do atacante Maikon Leite e tirou o criticado Luan para a entrada de Mazinho.
O substituto de Luan, por sinal, quase marcou poucos minutos depois de entrar. Aos 30, ele dominou uma bola na entrada da área e mandou um chute forte, mas ela novamente carimbou a trave.
A equipe continuou buscando a vitória, mas o nervosismo atrapalhou no final e a torcida saiu do estádio insatisfeita com o resultado. A esperança de dias melhores continua ligada à saída do presidente Arnaldo Tirone do comando alviverde. Nesta segunda-feira (21), o clube terá eleição para o posto e o vencedor (os candidatos são Paulo Nobre ou Décio Perin) terão muito trabalho a fazer.
O Palmeiras volta a campo na quarta-feira, fora de casa, contra o Oeste, em São José do Rio Preto. O Bragantino recebe no mesmo dia o Linense, em Bragança Paulista.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 0 X 0 BRAGANTINO
PALMEIRAS – Fernando Prass; Ayrton (Caio), Maurício Ramos, Henrique e Juninho; Márcio Araujo, Souza, Wesley e Patrick Vieira (Maikon Leite); Luan (Mazinho) e Barcos. Técnico: Gilson Kleina.
BRAGANTINO – Rafael Defendi, Kadu, André Astorga e Carlinhos; Geandro, Thiago Santos (Matheus), Preto (Neto), Malaquias e Léo Jaime; Barboza e Lincom. Técnico: Mazola Júnior.
ÁRBITRO – Vinícius Furlan.
CARTÕES AMARELOS – Malaquias e Rafael Defendi (Bragantino).
RENDA – R$ 340.890,00.
PÚBLICO – 10.167 pagantes.
LOCAL – Estádio do Pacaembu, em São Paulo.