Por conta de uma contratação de 120 milhões de euros (mais de R$ 545 milhões, na cotação atual), que poderia ser de 200 milhões (quase R$ 910 milhões) se fosse paga a multa rescisória da época da negociação alegada pelo Atlético de Madrid, o Barcelona se deu muito bem e nesta quinta-feira teve a confirmação do valor de sua multa por ter “assediado” o atacante francês Antoine Griezmann na temporada passada, quando o jogador ainda atuava pelo time da capital espanhola: apenas 300 euros (R$ 1.360).
Este foi o valor imposto pelo Comitê de Competição da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF, na sigla em espanhol) após o Atlético de Madrid oficializar um pedido de investigação por assédio a Griezmann. O juiz nomeado para tratar do caso foi Juantxo Landaberea, que decidiu pela multa e ainda sugeriu um jogo no estádio Camp Nou, em Barcelona, com portões fechados.
O Atlético de Madrid desejava que o Barcelona pagasse por uma conduta grave, o que poderia gerar severas punições. Porém, o juiz entendeu que o clube catalão deu início às tratativas em maio, quando Griezmann já havia anunciado em um vídeo nas redes sociais o seu desejo de deixar o clube da capital espanhola, o que gerou apenas uma punição leve.
Uma troca de e-mails divulgadas na Espanha dá conta que o Barcelona trocou conversas com o francês já em março, durante as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, mas essa documentação não entrou na denúncia do Atlético de Madrid. Nelas, Griezmann negociou cerca de 14 milhões de euros (R$ 63 milhões) em comissões.
Há uma semana, quando foi divulgado que o valor de 300 euros poderia se tornar uma multa ao Barcelona, o presidente do Atlético de Madrid, Enrique Cerezo Torres, afirmou que a sanção “não poderia ser séria”. Essa quantia é insignificante para os cofres do clube catalão, devido ao seu potencial econômico. O Barcelona foi o primeiro clube a alcançar o orçamento de 1 bilhão de euros (R$ 4,5 bilhões).