O Barcelona tomou um gol já aos 3 minutos do primeiro tempo e depois levou outros três na etapa final quando o jogo parecia mais do que definido, mas venceu o Sevilla por 5 a 4, na prorrogação, nesta terça-feira, em Tbilisi, na Geórgia, e faturou o título da Supercopa da Europa pela quinta vez em sua história – anteriormente levou a competição em 1992, 1997, 2009 e 2011.

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O título fez o Barça abrir a temporada 2015/2016 de forma vitoriosa, depois de ter conquistado na temporada passada a tríplice coroa, com as taças da Liga dos Campeões, do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei. Já o Sevilla, que jogou esta final por ter sido o último campeão da Liga Europa, fez um belo papel e por pouco não surpreendeu os favoritos.

JOGO ELETRIZANTE – O jogo desta terça foi marcado pelo grande número de gols, sendo que os três primeiros, curiosamente, saíram em cobranças de falta em apenas 16 minutos. Logo aos 3, o argentino Ever Banega balançou as redes em linda batida que deixou Ter Stegen plantado na sua meta, vendo a bola entrar em seu canto direito.

Lionel Messi, porém, respondeu com a mesma arma em grande estilo. Batendo colocado, primeiro acertou o ângulo esquerdo de Beto, que demorou um pouco para pular na bola, aos 7 minutos. Em seguida, aos 16, o craque argentino encontrou o canto esquerdo do goleiro, de novo com mais jeito do que força para virar o jogo.

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A partir dali, o Barça passou a tomar conta da partida e chegou a ampliar o placar aos 27 minutos, com Suárez, mas o assistente de arbitragem anulou o gol de forma errada, após o uruguaio receber passe da esquerda Mathieu, atrás da linha da bola, e tocar para as redes.

Aos 43 minutos, porém, acabou saindo o terceiro gol. Após receber passe na cara de Beto, Suárez foi parado pelo goleiro. O próprio uruguaio, entretanto, aproveitou o rebote pelo lado direito e deu lindo passe para Rafinha, que vinha de trás e tocou de primeira para as redes. O brasileiro, por sinal, foi a grande novidade da escalação do Barça, substituindo Neymar, que não pôde atuar após ser diagnosticado na semana passada com um quadro de caxumba. Se esperava que Pedro iniciasse o confronto como titular no lugar do astro da seleção brasileira.

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No segundo tempo, o Barça parecia ter decretado a sua vitória no tempo normal ao voltar a marcar aos 6 minutos. Busquets aproveitou passe errado bisonho de Trémoulinas e tocou a bola para Suárez, livre na cara do gol, bater de primeira entre as pernas de Beto: 4 a 1.

REAÇÃO IMPROVÁVEL – A partir dos 11 minutos, entretanto, o Sevilla deu início a uma improvável reação. Após cruzamento da esquerda de Vitolo, a zaga do Barça deu bobeira na marcação e Reyes bateu de primeira no canto direito de Ter Stegen.

Com dois gols de vantagem, o Barça seguiu em busca do seu quinto gol e, em uma trama ofensiva, acabou vendo Iniesta se machucar em jogada no qual o meia foi atrapalhado por Daniel Alves. Pouco depois, aos 17 minutos, o novo capitão do time catalão, reclamando de dores, precisou ser sacado para a entrada de Sergi Roberto.

Esperançoso, o Sevilla não se entregou e descontou aos 26 minutos, por meio de pênalti batido com violência por Gameiro, no canto direito de Ter Stegen. No minuto anterior, Mathieu cometeu a penalidade ao segurar Vitolo quando o adversário tentava completar de cabeça um cruzamento da esquerda.

E o que parecia impossível se tornou realidade aos 35 minutos. O italiano Immobile, que havia acabado de entrar em campo no lugar de Gameiro, roubou a bola de Bartra após cobrança de lateral da direita e cruzou para o ucraniano Konoplyanka, que também entrara na etapa final, finalizar para as redes. Bartra, que falhou no lance, estava em campo há apenas três minutos depois de ter substituído Rafinha.

Aos 43 minutos, Messi voltou a bater uma falta com extrema categoria, mas acertou a trave, caprichosamente na forquilha, já com o goleiro Beto batido no lance, na última boa chance do time catalão no tempo normal.

PEDRO ENTRA E DEFINE – Com o empate por 4 a 4, a disputa do título da Supercopa da Europa foi para a prorrogação, na qual Luis Enrique finalmente resolveu mandar a campo o atacante Pedro, que substituiu o marcador Mascherano.

E foi pelos pés de Pedro que acabou saindo o gol que definiu o título do Barça, aos 9 minutos do segundo tempo da prorrogação. Messi bateu falta frontal, sofrida por ele próprio, de perto da meia-lua, e um dos homens da barreira fez pênalti ao evitar a passagem da bola com o braço. O árbitro não viu a penalidade, mas o mesmo Messi pegou o rebote e chutou de primeira. A bola desta vez passou pela barreira e foi no canto direito de Beto, que defendeu parcialmente e viu Pedro chegar e finalizar com força para fazer o 5 a 4.

E o Sevilla, que já havia conseguido boas investidas ofensivas na etapa inicial do tempo extra, uma delas em boa jogada do brasileiro Mariano, ainda quase empatou por duas vezes no finalzinho. Primeiro aos 13 minutos, quando Coke recebeu falta batida por Banega e, livre na cara de Ter Stegen, cabeceou para a bola passar muito perto da trave direita do goleiro. Em seguida, já nos acréscimos, Immobile recebeu nas costas da zaga pela direita e cruzou para o zagueiro Rami, na pequena área, concluir errado e perder outra chance claríssima de empatar. Assim, no sufoco, o Barça ficou com a taça da Supercopa da Europa.