O Paraná Clube encara hoje – às 18h10, no Alfredo Jaconi -um de seus maiores algozes em campeonatos brasileiros. Este é somente um ingrediente a mais numa partida onde as atenções extrapolam o limite das quatro linhas.
Afinal, o jogo frente ao Juventude marca a estréia do técnico Luiz Carlos Barbieri no comando do Tricolor. O representante paranaense busca não só a reabilitação, mas a comprovação de que o revés frente ao São Paulo foi uma exceção em uma campanha marcada pelo equilíbrio.
O confronto desta noite, em Caxias do Sul, é mais um desafio na seqüência de cinco jogos fora de casa que o Paraná realiza neste returno do Brasileirão. Nos dois jogos já realizados, um empate (1×1) frente ao Goiás e uma derrota para ao São Paulo (4×0), em Maringá. Ao contrário de seu antecessor – Lori Sandri rotulava o momento como "crítico" para as pretensões do clube -, Barbieri prefere trabalhar jogo a jogo. "Meu foco e o dos jogadores está no Juventude", frisou o novo comandante paranista. "Se você tenta olhar muito à frente, acaba tropeçando nas pedras pequenas", disparou Barbieri.
Se a filosofia é subir um degrau de cada vez, o técnico procurou, neste primeiro obstáculo, mexer o menos possível na estrutura que encontrou. "O time vem bem e seria loucura desmontar o que está dando certo", afirmou Barbieri. Assim, mesmo sendo adepto do 4-4-2, ele mantém o esquema com três zagueiros que fez do Paraná Clube a melhor defesa do Brasileiro, até aqui, com apenas 24 gols sofridos (ao lado do Goiás). A única mudança no setor se deve à suspensão de Aderaldo. João Paulo entra no seu lugar.
Nos três dias em que direcionou os treinos à parte tática, Barbieri fez algumas experiências, mas optou por uma fórmula já aplicada pelo Tricolor na competição. Mário César está mantido no meio-de-campo e com a volta do capitão Beto o setor se torna ainda mais compacto, com três jogadores de contenção. "Isso não quer dizer que só vamos marcar. Muito pelo contrário. Quero meu time jogando", resumiu. A forma de agir do treinador – e seu diálogo fácil – cativou o grupo rapidamente. "Procuro ser simples e direto", disse Barbieri, que se mostrou um técnico perfeccionista e que busca corrigir no ato (parando o treinamento), qualquer deslize cometido.
Quem ganha nova oportunidade nesta mudança de comando é Thiago Neves. O meia – que havia sido relegado por Lori nas últimas partidas -retorna com "status" de titular. O meia, no entanto, vai atuar mais à frente, junto a Borges. "Sei que preciso jogar bem e serei profissional ao extremo. Ele já me cobrou bastante e está apostando suas fichas em mim", comentou Thiago. "Estou muito ansioso e quero marcar essa volta por cima com uma grande atuação". Barbieri reconhece o talento de Thiago Neves, mas já avisou: "quero ele com uma movimentação constante. Jogador de criação, parado, não rende", resumiu.
Estes são os ingredientes que o Paraná leva para este duelo, onde busca melhorar seu retrospecto frente ao Juventude. Na história do Brasileiro, o Tricolor só venceu duas vezes em doze jogos disputados (sendo que somente uma vitória paranaense ocorreu no Alfredo Jaconi), com três empates e seis vitórias dos gaúchos. Curiosamente, desde que a competição passou a ser disputada por pontos corridos, o Paraná ainda não obteve vitória.
CAMPEONATO BRASILEIRO
24ª RODADA
SÚMULA
Local: Alfredo Jaconi (Caxias do Sul).
Horário: 18h10.
Árbitro: Luís Marcelo Vicentin Cansian (SP).
Assistentes: Éverson Luís Luquesi Soares (SP) e Flávio Lúcio Magalhães (SP).
JUVENTUDE x PARANÁ CLUBE
JUVENTUDE
Tiago; Ederson, Antonio Carlos e Índio; Juliano, Lauro, Wellington Monteiro, Tucho e Túlio Souza; Marcelinho e Josiel (Diego Campos). Técnico: Sebastião Lazaroni.
PARANÁ
Darci; Daniel Marques, Marcos e João Paulo; Neto, Rafael Muçamba, Beto, Mário César e Vicente; Thiago Neves e Borges. Técnico: Luiz Carlos Barbieri.
