Entre os cinco clubes paranaenses selecionados pelo Ministério do Esporte (ME) para participar do Timemania, houve quatro ?barbadas? e uma confusão, que promete gerar muita disputa.
Atlético, Paraná e Coritiba foram automaticamente selecionados por integrarem a 1.ª ou a 2.ª Divisão do Brasileirão. Já os outros 59 times reúnem os campeões das Séries A, B ou C, Taça Brasil e os principais campeões estaduais, além das equipes que participaram no mínimo de sete edições da Série A e de no mínimo cinco da Série B do Brasileiro.
Assim, o Londrina cumpriu três pré-requisitos – já ganhou a Taça de Prata (antiga 2.ª Divisão), tem três títulos estaduais e mais de 10 participações na Série B. Já a tradição do antigo Grêmio Maringá, três vezes campeão paranaense, também valeu um lugar na relação.
O problema é definir quem é o legítimo herdeiro do velho Galo, já extinto. A lista do ministério aponta como candidato a beneficiário o Grêmio Maringá Sport Club Ltda., clube que jamais existiu. A marca ?Grêmio Maringá? pertence ao empresário Aurélio Almeida, que em 2002 comprou o Grêmio Maringá Sociedade Civil Ltda., fundado em 1998 após a dissolução do clube original. Supõe-se que o ME tenha interpretado erroneamente as letras S.C. no nome do time.
Já em 2003, Aurélio deixou a Cidade Canção e seguiu com seus projetos paralelos – Império Toledo, Império do Futebol, Real Brasil e outros. Mesmo assim, o empresário animou-se com a notícia e ontem deu entrevistas a rádios de Maringá dizendo ser o destinatário legal da grana fácil da loteria.
As declarações incomodaram dirigentes do clube que hoje representa o futebol maringaense. ?Deve ter havido um engano do ministério?, revolta-se o presidente do Adap Galo Maringá, Marcos Falleiro. O cartola conta que a cidade participou do lobby em Brasília para aprovação da loteria, e que todos esperavam a inclusão do Adap Galo. ?Vamos recorrer a nossos contatos em Brasília e a especialistas no assunto. O Timemania será importante para o futebol da cidade?, diz Falleiro, prometendo o início de uma briga quente de bastidores.
Procurada pela reportagem da Tribuna, a diretoria da Federação Paranaense de Futebol esquivou-se do assunto e disse que só falaria a respeito hoje.
