Queda livre

Baixo rendimento do Paraná acende sinal de alerta na Vila

O Paraná Clube encerrou o 1º turno fora do G4 e com uma impressionante e preocupante queda de rendimento. O desempenho da equipe nas sete últimas rodadas é de ZR. Foram apenas cinco pontos conquistados (23,8%). Comissão técnica, jogadores e diretoria buscam respostas para essa “queda livre”. A reação terá, obrigatoriamente, que começar amanhã, quando o Tricolor recebe o Boa Esporte-MG, às 20h30, no Durival Britto.

Coincidência ou não, os dois clubes vivem trajetórias diferentes. Após a vitória sobre o Criciúma (em Santa Catarina), há pouco mais de um mês, o Paraná se colocava como um dos favoritos para a conquista do acesso. Só que a sequência de deslizes fez com que o otimismo desse lugar à incerteza. Já o time mineiro, ao longo destas mesmas sete rodadas, tem o segundo melhor desempenho dentre os vinte clubes da Segundona: somou 13 pontos e se afastou da zona de rebaixamento.

O Tricolor sabe que após esta maré ruim, somente com segundo turno impecável o sonho do acesso poderá se concretizar. Na frieza dos números, o time de Roberto Fonseca teria que realizar uma campanha quase que de campeão para não marcar passo, mais uma vez, na Segundona. Considerando a necessidade de se atingir 63 pontos (foi esse o “número mágico” para o acesso nas três últimas temporadas), o Paraná teria que, a partir de amanhã, conseguir um rendimento igual ao da Ponte Preta, que fez 35 pontos ao longo do primeiro turno. “Temos que agir com cabeça fria, mas não dá pra deixar o tempo passar. A reação tem que ser imediata e não posso admitir outro resultado senão o de vitória nesta terça”, disse o presidente Aramis Tissot.

Mesmo reafirmando que Fonseca tem crédito pelo trabalho desenvolvido no clube, é inegável que um revés frente ao Boa tornaria a situação insustentável para o treinador. Porém, a diretoria já admite que o Tricolor ainda precisa de novas opções. Além de um meia, os dirigentes já falam na busca por mais um volante, experiente e com qualidade na saída de bola. “Não sei o que houve, mas algumas peças estão devendo. Então, temos que procurar alternativas que façam o time recuperar aquele perfil guerreiro do início da Série B”, analisou Tissot. “Nunca tivemos um grande time, sob o aspecto individual. Nossa força estava no conjunto e na superação. Não sei o motivo, mas perdemos aquela solidez”, admitiu o capitão Cris, logo após a derrota em Bragança Paulista. “É normal você oscilar ao longo de uma competição tão equilibrada. Mas é aí que um precisa ajudar o outro pelo bem do time”, concluiu o zagueiro.

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