Azevedo acusa família Pessoa de perseguição

O cavaleiro Luiz Felipe de Azevedo, de 49 anos, disse ontem que não vai continuar representando o Brasil em competições internacionais enquanto a atual diretoria da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) não for modificada. Na sala da Federação Eqüestre do Estado do Rio, na Sociedade Hípica Brasileira, na zona sul, ele fez duras críticas ao presidente da CBH, Camilo Aschcar Júnior, e falou da sua conturbada relação com os cavaleiros Nelson Pessoa, o Neco, e seu filho, Rodrigo Pessoa.

“Em 40 anos de carreira nunca vi tanta desorganização. A confederação não agiu corretamente comigo”, afirmou Luiz Felipe, referindo-se ao concurso de Lummen, na Bélgica, em julho deste ano.

Ele alegou que foi excluído da equipe e que só foi inscrito depois que gravou sua conversa com o secretário-geral da CBH, Sinval Silva Filho. Nela, fica claro o interesse da confederação não contar com o cavaleiro na competição.

Luiz Felipe afirmou que a atual direção tem favorecido alguns cavaleiros em detrimento de outros. “Um membro da comissão da CBH chegou a declarar que somente alunos seus montariam em campeonatos”, revelou. Ele citou o fato de Rodrigo e sua mulher, Kelly Pessoa, não serem brasileiros de nascimento e, mesmo assim, serem privilegiados em detrimento de atletas nacionais.

“Admiro o Nelson e o filho porque são grandes cavaleiros, mas isso não lhes dá o direito de serem donos do hipismo brasileiro”, afirmou.

Luiz Felipe lembrou ainda de uma frase de Rodrigo que resume as desavenças entre as duas famílias: “se alguém da família Azevedo saltar, eu não salto.” Com uma aparência triste e sentado ao lado do pai, Audifax de Azevedo, Luiz Felipe contou um caso que envolveu Luiz Francisco, um de seus dois filhos. Ele disse que havia pago R$ 400,00 de inscrição para seu filho participar do Campeonato Brasileiro Júnior, torneio este em que acabou campeão e convocado para a seleção brasileira.

Dias depois, Luiz Felipe recebeu uma carta da confederação com o pedido de um pagamento no valor de R$ 2.200,00, em 48 horas, para que Luiz Francisco pudesse saltar pelo Brasil em São Paulo. “Paguei para não prejudicar meu filho. Pedi um recibo e ele me foi negado”, afirmou o cavaleiro. A partir daí, acabou iniciando uma campanha contra essa atitude e alegou ter sido ofendido por Camilo. “Ele me chamou de palhaço na frente de várias pessoas”, contou.

Luiz Felipe disse que Camilo não tem condições de ser presidente da CBH e que, recentemente em Roma (Itália), bateu o recorde de salto -saltou 2,32 metros -, mas que o resultado ainda não foi homologado pela confederação.

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