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Materazzi (de braço erguido) comemora o gol de empate contra a França.

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Berlim – O futebol tem um novo campeão mundial. Ontem, a Itália conquistou seu quarto título de Copa do Mundo ao vencer a França nos pênaltis por 5 a 3 (após empate por 1 a 1 no tempo normal e 0 a 0 na prorrogação) em Berlim, na Alemanha, na grande final da 18.ª edição do torneio. Foi uma conquista difícil, com raça – bem ao espírito da ?Azzurra? -, contra um time muito mais forte tecnicamente.

A vitória eleva a tradicional seleção da Europa ao posto de segundo maior vencedor da competição – ficando atrás somente do Brasil, que tem cinco títulos – e não deixa de ser uma surpresa para todos que arriscaram um prognóstico antes da competição, já que o time brasileiro era colocado na decisão por todos e decepcionou por ser eliminado nas quartas-de-final.

Com este título os italianos voltam a comemorar após 24 anos. A vitória anterior foi em 1982, e faz ressurgir o status de uma geração de campeões atuando em seu país. A geração O time anterior – de Baggio, Pagliuca e companhia – foi vice em 1994. Agora, é a vez de Buffon, Totti, Zambrotta, Pirlo, Nesta, Cannavaro e companhia. E mais uma vez um técnico criticado agora sai aplaudido pela conquista: Marcello Lippi.

Jogo amarrado

Logo aos 5?, Malouda caiu na área após toque de Materazzi. Horácio Elizondo marcou o pênalti que Zidane cobrou com tranqüilidade, dois minutos depois. A bola nem balançou a rede, pois bateu no travessão e tocou no chão, dentro do gol (cerca de 35 cm além da linha).

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O time francês ainda tinha mais força no jogo e continuava passando a impressão de domínio. Aos poucos os italianos conseguiram atacar e o empate saiu, em jogada de bola parada, aos 19?. O gol foi de Materazzi, de cabeça, na cobrança de escanteio de Pirlo.

Depois disso o jogo ficou equilibrado. A Itália ainda teve outras chances nas bolas cruzadas, como aos 35?, quando Toni, de cabeça, acertou o travessão.

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No segundo tempo a França voltou muito melhor, atacando e com domínio de bola – tiveram até um pênalti não marcado. A Itália fez o possível para fechar o meio-campo. E conseguiu, já que a partida terminou empatada por 1 a 1 no tempo normal e foi para a prorrogação.

A França continuou em cima e levando perigo. Mas na segunda etapa do tempo extra (aos 4?), Zidane terminou sua participação em copas (e a carreira) com uma expulsão, após ter discutido com Materazzi e acertado uma cabeçada no peito do zagueiro. Lamentável.

Com o empate por 1 a 1 ao fim dos 30 minutos, a decisão, pela segunda vez na história do torneio, foi para os pênaltis (a anterior havia sido em 1994). O erro de Trezeguet e o gol do lateral Grosso garantiram a vitória por 5 a 3.