As autoridades dos Estados Unidos avisaram que não haverá um centavo de dinheiro público na candidatura dos Jogos Olímpicos do país em 2024. O alerta foi dado pelo presidente do Senado de Massachusetts, Stanley Rosenberg. “Não vamos deixar que usem dinheiro público”, disse.

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A cidade que concorrerá é Boston, num esforço de apagar a decepção de Chicago que esperava sediar a Olimpíada de 2016. Desde 1996 os norte-americanos não recebem o evento e, sendo o maior contribuinte do Comitê Olímpico Internacional (COI), a pressão é alta para que os Jogos voltem para os Estados Unidos.

“Isso é um empreendimento privado”, declarou o senador. “Existe um grupo privado de pessoas que querem levar para Boston o evento de 2024 e eles tem o direito de fazê-lo. Eles podem contratar quem eles quiserem e fazer o que quiserem. Mas o que eles não podem fazer – e não permitiremos que isso ocorra – é que envolvam o estado de Massachusetts para que pague qualquer tipo de subsídio ou que cubram qualquer déficit “, alertou.

O presidente da candidatura de Boston, Dan O’Connell, confirmou que a organizações do evento vai custar US$ 4,7 bilhões (aproximadamente R$ 14,5 bilhões) e que esse dinheiro teria de vir exclusivamente de fundos privados, como patrocinadores, ingressos e venda de direitos de televisão. Obras de infraestrutura, porém, ficariam com o Estado, além da segurança.

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Nem todos concordam com isso. “A grande questão é que não vamos colocar dinheiro do estado nas operações dos Jogos e isso é algo que precisamos nos comprometer a fazer”, insistiu o senador. “Ninguém vai se comprometer a fazer nada que não estejamos preparados para assumir”, alertou.

Nos últimos anos, o COI se deparou com um desafio maior para conseguir que cidades de países ricos se apresentassem para receber os Jogos Olímpicos, tanto de verão como inverno: a resistência dos contribuintes em pagar pelo evento.

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Oslo, Estocolmo, St. Moritz, Munique e diversas outras chegaram a realizar referendos ou votações nos Parlamentos para decidir se iriam adiante com projetos para receber o evento. Em praticamente todos os casos, o “não” venceu.

O caso mais dramático tem sido o dos Jogos de Inverno de 2022. Depois da desistência de diversas cidades, ficaram no páreo apenas Almaty, no Casaquistão, e Pequim, na China.