A Autoridade Pública Olímpica (APO) foi transferida do Ministério do Planejamento para o Ministério do Esporte. A decisão, anunciada nesta quinta-feira, é vista como uma forma de prestigiar o novo ministro, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Fontes do Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016 não gostaram da mudança por achar que a APO ligada a um ministério da equipe econômica ganharia mais credibilidade e autonomia para decidir sobre investimentos.
Nesta quinta, Aldo Rebelo reuniu-se com o presidente da APO, Márcio Fortes. Com a transferência “determinada pela presidente Dilma”, como anunciou Aldo, o Ministério do Esporte passa a coordenar os grandes eventos esportivos internacionais do país: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
A APO é um consórcio público formado pelo governo federal, governo do estado do Rio de Janeiro e prefeitura do Rio de Janeiro. A Autoridade deve coordenar os serviços públicos, a implementação e a entrega de toda a infraestrutura necessária à organização e à realização dos Jogos. A criação do consórcio foi uma das garantias oferecidas pelo Brasil ao COI durante a candidatura da cidade para sediar os Jogos Olímpicos.
Para Aldo Rebelo, a vinculação com o Ministério do Planejamento justificava-se na fase de estruturação da APO. “Já no processo seguinte, de execução das tarefas, seria mais natural que fosse transferida para o Ministério do Esporte, que também coordena o Comitê Gestor da Copa do Mundo”.