O presidente da Federação Australiana de Futebol, Frank Lowy, se manifestou nesta terça-feira sobre a possibilidade da Fifa alterar a data da Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Catar, e defendeu que a entidade aguarde o fim da investigação sobre o processo de escolha da sede do evento para tomar qualquer decisão. Além disso, cobrou que as ligas nacionais que seriam afetadas pelas mudança sejam indenizadas, assim como as candidaturas que foram derrotadas pelo Catar.

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Em dezembro de 2010, numa eleição com acusações de compra de votos, o Catar foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2022 em disputa com os Estados Unidos, a Coreia do Sul, o Japão e a própria Austrália. Agora, porém, preocupada com o forte calor no Catar nos meses de junho e julho, quando tradicionalmente é disputada a Copa do Mundo, a Fifa admite a possibilidade de realizar o torneio no inverno.

“A Fifa tem agora uma oportunidade de fazer o melhor de uma situação ruim comprometendo-se com uma ação transparente e ordenada, ao contrário do processo que levou à decisão errada original em dezembro de 2010”, disse Lowy, em um comunicado. “A Fifa defende a noção de fair-play e esse princípio deve se aplicar ao que será decidido nos próximos meses”.

O Comitê Executivo da Fifa vai se reunir no dia 3 de outubro, quando existe a possibilidade de uma decisão sobre a Copa do Mundo de 2022 ser tomada pela entidade. A mudança da data torneio preocupa as ligas europeias, pois o torneio acabaria sendo disputado justamente no meio do calendário dos campeonatos nacionais.

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“Se o comitê executivo concordar que uma mudança de data deve ser considerada, em seguida um processo transparente deve ser estabelecido para examinar as implicações da programação para todas as ligas e desenvolver um método apropriado de compensação para os afetados”, disse Lowy. “Deve se decidir por uma indenização justa e equitativa que deve ser dada aos países que investiram na candidatura para um evento no verão”, completou.

O dirigente australiano também lembrou que ainda há uma investigação aberta sobre a escolha do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022. “É melhor deixar o processo investigativo independente correr o seu curso natural, e então, com esses problemas resolvidos, fazer uma avaliação aberta sobre o reescalonamento e suas consequências”, disse Lowy.

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