Principais nomes do tênis australiano na atualidade, Nick Kyrgios e Bernard Tomic são considerados presenças garantidas na Olimpíada do Rio. Mas um fator inesperado pode deixá-los de fora do evento este ano. O Comitê Olímpico do país ameaçou exclui-los da delegação que virá ao Brasil se eles não melhorarem o comportamento dentro de fora de quadra.

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Os dois tenistas foram cobrados pela chefe da delegação australiana, Kitty Chiller, que classificou como “péssimo” o comportamento de Tomic no Masters 1000 de Madri durante esta semana. O tenista concedeu o último ponto da partida diante do italiano Fabio Fognini de propósito, ao tentar responder o saque do adversário usando o cabo da raquete. Depois, disse não se importar com o ocorrido. “Você se importaria se tivesse 23 anos e ganhasse mais de US$ 10 milhões?”, disse.

“Isso vai contra todos os valores pelos quais vivem os esportistas olímpicos. Vai contra tudo que tentamos construir nesta equipe”, comentou Chiller neste sábado. “Não queria ver nenhum de nossos companheiros da equipe olímpica se comportando assim.”

A dirigente explicou durante a reunião do Comitê Olímpico Australiano (AOC, na sigla em inglês) que “há alguns poucos atletas que estão sendo supervisionados e estes nomes (Tomic e Kyrgios) estão entre eles”. “Estes atletas estão sendo observados com microscópio”, completou.

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Chiller ainda explicou que o país só trará ao Brasil atletas de “boa reputação” e que a decisão final de quem atuará nos Jogos será do AOC. “É sua responsabilidade determinar se é apropriado levá-los. Analisamos tudo, incluindo comportamento e má reputação. Temos a capacidade de levar isso em conta quando decidirmos fazer a nominação.”

Se Tomic ganhou destaque negativo durante a semana, o histórico de Kyrgios é amplo e antigo. O jogador foi criticado por Chiller por ter “insultado habitualmente árbitros, rivais e espectadores” durante a carreira.

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