Atual campeão da Corrida Internacional de São Silvestre, o queniano Edwin Kipsang está convicto de que poderá voltar a vencer a próxima edição da tradicional prova de rua paulistana, na próxima terça-feira, quando ele espera ter ainda mais facilidade do que teve em 2012 para chegar em primeiro lugar na disputa masculina.
“Vencer a São Silvestre novamente seria uma das melhores coisas para mim. Esse ano vai ser mais fácil porque eu conheço o percurso”, disse o fundista de 24 anos, em declarações reproduzidas neste domingo pelo site oficial da São Silvestre.
No ano passado, Kipsang ganhou a mais famosa corrida de rua realizada na América Latina ao terminar os 15 quilômetros da prova em 44min04s. Ele foi apenas dez segundos mais rápido do que o seu compatriota Joseph Aperumoi, o segundo colocado, enquanto o também queniano Mark Korir veio logo atrás, em terceiro, ao cravar o tempo de 44min21s.
Kipsang entrará nesta disputa por mais um título da São Silvestre com a vantagem de também estar totalmente ambientado ao Brasil, pois vem treinando há um ano em Nova Santa Bárbara, no Paraná, onde vem sendo preparado por Moacir Marconi, brasileiro que é técnico e empresário do corredor.
“Em 2012, a confiança era tanta, que até eu suspeitava dele. Ele falava: ‘Marconi, eu vou ganhar’. Ele é um quinta marcha, tem um potencial fantástico e treina muito. É muito forte. Ele tem uma cabeça fantástica. É super focado, um cara muito positivo e confiante”, disse Marconi, revelando que no ano passado Kipsang já exibia convicção de que venceria a São Silvestre.
Korir, por sua vez, admitiu ao site oficial da São Silvestre que será “muito difícil” superar Kipsang neste próximo dia 31, mas acredita que isso terá maiores chances de acontecer se o clima estiver bastante quente na hora da prova, cuja largada masculina do pelotão de elite será às 9 horas.
Marconi, que também treina Korir, aponta que o corredor pode se beneficiar do clima mais quente por ter mais resistência do que Kipsang. “O Korir é mais rápido de chegada, já o Edwin mata os adversários no meio da corrida. Ele é muito forte de ritmo”, disse o técnico, para mais tarde enfatizar que o calor não deve ser um fator tão preocupante, até pelo fato de a corrida ocorrer nas primeiras horas da manhã. “Na verdade, o calor atrapalha, mas o que mata o atleta é a umidade”, analisou.