O etíope naturalizado bareinita Dawwit Admasu está confiante na conquista do tricampeonato da São Silvestre. O atleta, que recém-completou 23 anos, disse neste sábado em São Paulo ter superado problemas físicos e garante estar preparado para buscar a vitória na segunda-feira e repetir os feitos de 2014 e de 2017, anos em que ganhou a prova paulistana.
Admasu teve uma lesão muscular nesta temporada, mas se recuperou a tempo de se apresentar em São Paulo para a corrida. “Eu já estive aqui no Brasil outras vezes. Eu gosto dessa corrida. Há seis meses estava lesionado. Depois disso voltei a treinar e decidi vir para a corrida”, afirmou o atleta, que tem uma trajetória curiosa. Em 2014, ele ganhou a prova como representante da Etiópia, para logo depois se naturalizar. Agora, ele defende o Bahrein.
O corredor é o favorito a vencer a corrida na segunda-feira, pois além de duas vitórias, foi segundo colocado na edição de 2016. Admasu afirmou ter treinado forte na preparação. “A corrida é muito difícil, porque tem muitas subidas. O clima também dificulta. Mas eu gosto de correr aqui, me faz bem competir”, afirmou.
Se conseguir o tricampeonato, o corredor ficará perto de igualar o recorde do queniano Paul Tergat. O maior vencedor da São Silvestre conquistou cinco vezes a prova entre 1995 e 2000. Desde 2011 a corrida masculina tem sido vencida por estrangeiros. O último brasileiro a ser campeão foi Marilson do Santos, em 2010.
Na prova feminina o jejum é ainda maior. A vitória mais recente do Brasil foi em 2006, com Lucélia Peres. Para a prova deste ano, as favoritas são a queniana Esther Kakuri, campeão das meias-maratonas do Rio e de Buenos Aires, e a etíope Sintayehu Hailemichael, segunda colocada na São Silvestre do ano passado.