Atual campeã, a nadadora Ana Marcela Cunha não conseguiu repetir neste sábado o título conquistado no último Mundial de Esportes Aquáticos. Em Barcelona, a brasileira não passou do 5º lugar. Com o tempo de 5h07min23s, ela chegou 3s7 atrás da campeã Martina Grimaldi, da Itália.
Ana Marcela, que sofreu queimaduras de água-viva durante a prova, chegou a figurar em segundo lugar quando faltavam 2,4km para o fim da maratona. No entanto, sentiu cansaço no fim e não conseguiu dar um sprint final nos últimos metros. “Estou muito cansada, nem estou sentindo o meu rosto ainda, óculos e touca apertados, pena que não veio a medalha, mas tenho que aceitar pois fiz o meu melhor”, comentou a nadadora.
“Estou feliz pela 5ª colocação pois nadei bem e agora no fim tentei dar um sprint, doeu um pouquinho, mas estava muita cansada e não consegui”, disse Ana Marcela, que havia conquistado a prata na prova de 10 km. “O mais importante foi a prata nos 10 quilômetros, prova olímpica, que é a nossa meta para 2015, na seletiva olímpica”.
A alemã Angela Maurer (5h07min19s) faturou a medalha de prata, enquanto a norte-americana Eva Fabian (5h07min20s) levou o bronze. Na prova masculina, o melhor brasileiro na disputa foi Allan do Carmo, que também terminou em 5º. Ele completou os 25 quilômetros com o tempo de 4h47min30s.
“Fiz uma excelente prova. O final foi fortíssimo junto com os grandes atletas da modalidade. Senti que nadei muito bem e a equipe toda está de parabéns. Sinto que estou numa crescente e agora a meta é uma medalha individual no Mundial de Kazan 2015, que classifica para os Jogos Olímpicos de 2016”, avaliou Allan do Carmo.
O vencedor foi o alemão Thomas Lurz (4h47min27s), seguindo do belga Brian Ryckeman (4h47min27s) e do russo Evegenii Drattcev (4h47min28s). Outro brasileiro na disputa foi Diogo Villarinho, que terminou na 15º colocação. Ele marcou o tempo de 4h50min31s3.
Com os resultados deste sábado, o Brasil se sagrou campeão das maratonas aquáticas do Mundial de Barcelona. A seleção brasileira somou 98 pontos contra 94 da Alemanha e 65 dos Estados Unidos, graças em parte aos resultados de Ana Marcela e Poliana Okimoto, medalha de ouro nos 10km.
“O trabalho do Brasil foi coroado em Barcelona. Tudo isso é fruto de muito esforço, de conversas, planejamento e investimento. Temos as maratonas no mesmo nível da natação na CBDA, com resultados que o mundo reconhece como excepcionais. Nosso objetivo é brilhar nos Jogos Olímpicos em casa”, afirmou Coaracy Nunes Filho, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.