Depois do empate no Atletiba, que praticamente deu o “supermando” ao Coritiba, a diretoria do Atlético já começa a refletir sobre o futuro. Afinal, chegou a hora de pensar no que fazer para evitar uma repetição dos erros cometidos no domingo – o que vale pro restante do Paranaense e pro Brasileiro.
Na tarde de ontem, após reunião de rotina entre diretoria e comissão técnica, era nítida a irritação com a apresentação da equipe no clássico. No parecer final dado pelo diretor de futebol, Ocimar Bolicenho, o consenso de todos os presentes: “O Atlético não se apresentou da forma esperada”.
Toda preocupação pela forma como o Furacão se apresentou no Atletiba tem como lógica o baixo nível técnico do Paranaense. Apesar do Coritiba ter sido rebaixado para a Segundona do Brasileiro em 2009, era a apresentação diante do rival que poderia servir como uma espécie de termômetro positivo para saber o que esperar do Atlético no decorrer do ano.
Mesmo com a negativa do cartola em falar sobre os constantes sofrimentos com a dependência de peças individuais de criação no meio-campo, uma possível dor de cabeça para Ocimar Bolicenho é conseguir contratar jogadores que possam superar problemas de reposição.
Contra o Coxa a ausência sentida foi a de Tartá, que cumpria suspensão automática. Para não sacrificar Paulo Baier, que voltou recentemente de contusão, o treinador Antônio Lopes precisou escalar o Atlético com somente um homem de criação, Netinho, ao lado de três volantes.
Não deu certo. Tanto que a equipe começou a criar apenas depois da entrada de Baier, no 2.º tempo. Apesar da falta de ritmo de jogo, o maestro atleticano ao menos conseguiu mostrar liderança no time e também chegou a participar de jogadas que poderiam definir o placar.
Questionado sobre os setores que teriam atletas rendendo abaixo do esperado, inclusive o meio-campo, o diretor de futebol atleticano manteve a ética profissional e respondeu em tom de proteção aos atletas.
Bolicenho também tranquilizou a torcida, ressaltando que o clube pode apresentar contratações em breve, mas apenas vai se pronunciar quando as possibilidades estiverem mais próximas de se tornarem realidade.
