A pouco mais de seis meses para o início da Copa do Mundo, a Arena da Baixada tornou-se a maior preocupação da Fifa para que ela possa bater o martelo com relação ás 12 sedes. O secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, em um encontro realizado na Costa do Sauípe, na Bahia, junto com membros do Comitê Organizador Local (COL), mesmo admitindo a preocupação com o atraso apresentado pelo estádio atleticano, reiterou o desejo que Curitiba seja preservada entre as 12 cidades que vão receber os jogos da Copa, mas agurada soluções urgentes. “A Fifa conta com Curitiba, pelo que a cidade representa, além de ter sido a terceira sede com mais procura de ingressos para os jogos, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro”, frisou o coordenador-geral da Copa do Mundo no Paraná, Mário Celso Cunha, presente no encontro com Valcke.
Além da preocupação com os atrasos da obra, Jérome Valcke demonstrou insegurança em relação à operação financeira que envolve o término da Arena da Baixada. “Curitiba é onde estamos enfrentando mais problemas. Não será entregue antes do final de fevereiro de 2014. Isso é fato. É fato que o estádio está enfrentando alguns problemas. A mão de obra lá vai aumentar para que todas as instalações temporárias sejam concluídas e tenhamos um plano para a venda dos ingressos”, avisou o secretário-geral da Fifa, já prevendo mais custos para a viabilização do estádio.
De acordo com Mário Celso Cunha, a única solução é que um novo financiamento seja feito pela CAP S/A, no valor de R$ 65 milhões. Porém, o impasse é para saber quem vai arcar com esse custo a mais da reforma do Joaquim Américo. “Um novo financiamento está a caminho, via Fomento Paraná. Mas a Fomento (Paraná) é um banco e precisa de garantias. Este é o impasse. O Atlético entende que esse valor precisa ser dividido entre as três partes, mas o governo e a Prefeitura de Curitiba não entendem assim e afirmam que seus compromissos acabaram no primeiro acordo tripartite firmado entre as partes”, explicou Cunha.
O primeiro acordo tripartite firmado entre Atlético, Prefeitura de Curitiba e Governo do Estado apontava que cada parte ficaria responsável por 1/3 do empréstimo realizado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) via Fomento Paraná, no valor de R$ 131,1 milhões. Na ocasião, o valor da obra do Joaquim América estava orçada em R$ 184,6 milhões. Depois, a reforma passou a custar R$ 265 milhões e, na semana passada, o valor atualizado bateu em R$ 326,7 milhões.
Adiamentos
Por causa dos inúmeros problemas envolvendo a reforma e ampliação da Arena da Baixada, que segundo o primeiro cronograma estaria pronta em março deste ano, o evento-teste, agendado para o dia 26 de janeiro do ano que vem, também teve que ser remarcado. De acordo com Mário Celso Cunha, essa partida – rachão entre operários da obra do estádio atleticano – vai acontecer, provavelmente, só dia 24 de fevereiro.
Durante reunião realizada na Costa do Sauípe-BA, na segunda-feira, foi confirmado o atraso na colocação do gramado da Arena da Baixada, que estava prevista para o início deste mês. “O presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, explicou, durante a reunião que tivemos na Bahia, que a grama será plantada em janeiro e estará colocada na Arena da Baixada no dia 21. Por isso, não teria como fazer o evento teste dia 26, apenas 5 dias depois da grama plantada. Com isso, foi decidido pelo adiamento deste evento-teste”, frisou Mário Celso Cunha.
Porém, mesmo com o adiamento do jogo-teste de janeiro para o fim de fevereiro, o coordenador-geral da Copa do Mundo no Paraná garantiu que a inauguração do estádio atleticano acontecerá no dia ,26 de março, que marcará também o aniversário de 90 anos do Atlético. Entretanto, com o visível ritmo desacelerado que norteiam as obras do Joaquim Américo, há quem diga que o palco fique pronto somente em maio, apenas um mês antes do início da Copa do Mundo. A Fifa trabalha com a data de 22 de maio.