O atletismo não para de dar medalhas ao Brasil nos Jogos Paralímpicos do Rio. Na manhã desta terça-feira, no Engenhão, o País assegurou mais dois lugares no pódio em provas de pista com o ouro conquistado nas disputas do revezamento 4×100 metros classes T11-T13 (deficientes visuais), prova em que faturou o ouro, e nos 100m T38, com o bronze de Edson Pinheiro.
O ouro no revezamento foi assegurado pelo quarteto formado por Daniel Silva, Diogo Ualisson, Felipe Gomes, Gustavo Araújo, Ricardo Oliveira e Kesley Teodoro. A equipe brasileira completou a distância em 42s37, também estabelecendo um novo recorde paralímpico.
Jeronimo da Silva abriu boa vantagem logo nos 100 metros iniciais da disputa e Gustavo Araújo sustentou a liderança. Na sequência foi a vez de Daniel Silva correr por mais 100m até a parte final ser concluída por Felipe Gomes, prata nos 100m T11.
O quarteto da China foi o que mais se aproximou do Brasil, garantindo a medalha de prata com o tempo de 43s05. O bronze foi para a equipe do Usbequistão com a marca de 43s66.
Já Edson Pinheiro garantiu a medalha de bronze nos 100m T38 (paralisados cerebrais andantes) com o tempo de 11s26. O brasileiro ficou em terceiro enquanto o australiano Evan O’Hanlon garantiu o segundo lugar, com 10s98, e o chinês Hu Jianwen conquistou o ouro com o tempo de 10s74, quebrando o recorde mundial da prova.
Nascido no Acre, Edson Pinheiro teve paralisia cerebral logo no parto devido à falta de oxigenação no cérebro. Em 2001, tentou praticar o tênis de mesa, mas não teve muito êxito. Foi quando começou a disputar provas no atletismo. Agora garantiu a sua primeira medalha paralímpica.