A ficha parece que está caindo aos poucos. Em um dia, Weverton estava voltando para Curitiba após a derrota do Atlético por 2×0 para o Sport. No outro, estava se apresentando à seleção brasileira em Brasília. Tudo muito rápido e que o o goleiro ainda está assimilando.
No entanto, o arqueiro rubro-negro se mostrou confiante na entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (1) e disse que, mesmo sem ter treinado com a seleção, está preparado para entrar em campo já na estreia, quinta-feira (4), às 16h, contra a África do Sul.
“O Brasileiro está sendo jogado, jogo não é problema, participei das 17 rodadas, estou mais em fase de recuperação do que trabalho forte. Eu me sinto tranquilo, preparado, se o Micale optar por me usar, estarei à disposição, com certeza”, garantiu ele.
Mesmo assim, Weverton sabe que precisará se encaixar no perfil do time que vem sendo preparado pelo técnico Rogério Micale. Para o arqueiro, o comandante da seleção trabalha de uma forma semelhante à de Paulo Autuori, o que pode facilitar as coisas.
“Não espero outra coisa a não ser trabalhos intensos, todos sabem nosso objetivo, responsabilidade que todos têm. Vamos procurar nos adaptar rapidamente. O estilo de jogo do Micale é parecido com o que faço no Atlético com o Paulo Autuori, um jogo moderno, em que o goleiro participa do jogo, das ações. A primeira missão é defender, mas é bem mais participativo, é bem natural para mim”, avaliou.
Alías, Weverton se vê dentro do perfil que o treinador da seleção quer de um goleiro: um líder, que saiba jogar com os pés e tenha qualidade nas cobranças de pênaltis. Tanto que ele era o plano A de Micale desde o início, mesmo com Diego Alves tendo sido liberado pelo Valencia, da Espanha.
“Eu me vejo dentro desse pensamento do Micale. Liderança, todo mundo sabe que sou o capitão do meu time, tenho história no meu clube. Sobre pegar pênaltis, ano passado eu fui o goleiro que mais pegou no Campeonato Brasileiro ano passado. E se o goleiro não se adaptar a jogar com os pés no futebol de hoje vai ficar para trás. O Autuori faz isso no Atlético, não vejo problemas. Saber a característica dos zagueiros, laterais, como cada um gosta de se posicionar. Vamos aproveitar esses dias que faltam, nos treinos, estaremos sempre juntos no almoço. Vamos conversar bastante para conseguir nosso objetivo”, completou o goleiro.
Deu tempo até para brincar durante a entrevista e pegou no pé dos companheiros do Atlético. “Brinquei com meus companheiros que estava chutando bola pro Marcos Guilherme, pro Nikão, agora vou chutar pro Neymar, pro Gabriel Jesus, Gabigol (risos). Eles fizeram muitos gols em mim, mas agora vou ficar mais tranquilo tendo eles ao meu lado.”, disse o atleta.
Confira a entrevista de Weverton na íntegra: