De volta à seleção brasileira para os confrontos diante de Argentina e Peru, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, Weverton vive a melhor fase da carreira. Titular absoluto do Atlético há quatro anos e campeão olímpico este ano no Rio de Janeiro, sendo um dos herois da medalha de ouro, o camisa 12 do Furacão é uma das “joias” do mercado de inverno europeu. Ao final da temporada, haverá movimentação forte sobre os clubes brasileiros, e a diretoria rubro-negra está se preparando para o assédio.
O Atlético não divulga nenhum tipo de informação sobre seus jogadores, principalmente possíveis interessados e valores de negócios. Mas o site alemão Transfermarkt, que é especializado em mercado, coloca Weverton valendo quase 11 milhões de reais, só que com o detalhe fundamental de que a avaliação foi feita antes dos Jogos Olímpicos – por isso, é bastante razoável jogar esse valor mais para cima.
Tanto que os representantes do goleiro sabem que por este valor não há nem conversa com o Furacão. “Tenho certeza de que por isso ele não será negociado. Se o Weverton virar titular (da seleção brasileira), de 3 milhões de euros passa para 10 milhões”, comentou o empresário do goleiro, Roberto Gilvaz.
Oficialmente, diz Gilvaz, não há nenhuma proposta pelo camisa 12. Mas ao mesmo tempo confirma que as sondagens existem e devem aumentar com o final do Campeonato Brasileiro e, logo depois, a reabertura do mercado europeu, em janeiro de 2017. É claro que ele tem interesse de crescer e buscar novos caminhos, é o objetivo de qualquer profissional. A princípio está aberto para isso. Vamos ver se pinta algum clube interessado que tenha condição de fazer esse investimento. Ele não tem preferência de um país ou outro. O que é importante é disputar competições importantes e dar boas condições de trabalho”, comenta o representante.
O nome de Weverton geralmente é ligado à transferências para o São Paulo (desde o anúncio da aposentadoria de Rogério Ceni) ou para o Corinthians, mas Roberto Gilvaz descarta uma saída para outro time do País. “Dentro do Brasil há interessados, mas ninguém pode pagar o que ele vale”, afirma.
O lado rubro-negro
No Atlético, o interesse, claro, é de permanecer com Weverton – ainda mais se for garantida a vaga na Copa Libertadores da América. Mas a política rubro-negra não vai mudar, e se surgir uma proposta que agrade ao clube, a chance do goleiro de 28 anos sair é real. “Vai ser preciso uma proposta muito atraente para o negociarmos. Não tem por que sair por algo que não seja tão vantajoso, tanto para o clube quanto para o jogador”, admite o presidente Luiz Sallim Emed.
Para o cartola, uma possível transação para o futebol europeu seria quase irrecusável – pelos valores e até por uma ambição inevitável de Weverton. “Gostaria muito que ele pudesse permanecer. Apesar de ainda ser novo para um goleiro, ele também tem perspectiva de fazer sua independência financeira. Se não surgir nada ele vai ficando. Mas não dá para criar empecilho se chegar algo interessante para os dois lados”, avalia o dirigente.