Um sofrimento que parecia não passar. Minutos que pareciam horas. Nunca tão pouco tempo demorou tanto tempo para passar. Quando o cronômetro apontou 40 minutos do segundo tempo no El Campín, em Bogotá, o torcedor do Atlético queria que ele corresse de uma vez. Afinal, o Furacão sofria uma pressão que parecia naquele momento insuportável. O Millonarios, que vencia por 1×0, estava prestes a marcar e eliminar o Rubro-Negro da Copa Libertadores. Mas os oito minutos até o apito final duraram pelo menos meia hora para quem assistia à partida.

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O mais curioso é que os instantes seguintes, que deveriam ser os mais dramáticos, foram tranquilos. Pois nos pênaltis, com um Weverton em estado de graça, o Furacão, derrotado nos 90 minutos, venceu por 4×2 e se classificou para a terceira fase da Libertadores. Foi uma noite de dificuldades, mas que terminou em festa, e que agora será um dia de expectativa para saber o próximo adversário. Nesta quinta-feira (9) o Universitário recebe o Deportivo Capiatá em Lima – com a vitória no Paraguai por 3×1, os peruanos tem larga vantagem. E devem ser os rivais do jogo já na próxima quarta (15), na Arena da Baixada.

O plano de controlar o jogo e manter a posse de bola durou apenas 35 minutos. Nesse período, o Furacão teve uma chance incrível perdida por Pablo. Na verdade, foi Vikonis que fez uma grande defesa. Os donos da casa não chegavam e corria tudo bem. Só que aí surgiu talvez o principal adversário do Atlético ontem. A altitude, que minou o preparo físico dos jogadores mais experientes. E aí começou a pressão do Millonarios, e Weverton tendo que se virar para salvar o time.

Dramático

No segundo tempo, com Nikão, Grafite e Lucho González já cansados, os colombianos partiram pra cima e o Furacão não tinha como contê-los. Quando o Rubro-Negro notou, o mais defensivo dos meio-campistas colombianos estava no bico da pequena área. Eram apenas 13 minutos da etapa final, Duque estava deixando Sidcley caído, e chutando no canto para abrir o placar.

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Sem fôlego, coube ao Atlético tentar levar a decisão para os pênaltis. Aí que o tempo parou – ou pareceu parar. Foram minutos intermináveis, inúmeras bolas na área, chutes de todos os lados, Weverton pulando pra lá e pra cá. Deu certo. Decisão nas penalidades. E o Furacão tinha seu camisa 12, que logo na segunda cobrança defendeu o chute de Franco. Depois, viu Máxi Nuñez acertar o travessão. E foi o primeiro a comemorar com Felipe Gedoz o gol da classificação.