Salvador – A vitória do Atlético sobre o Bahia por 1×0, na noite de quarta-feira (24), na Fonte Nova, teve três protagonistas. O primeiro estava fora de campo – o VAR, árbitro assistente de vídeo, que intercedeu para a anulação de dois gols dos donos da casa. O segundo foi Santos, que foi fundamental quando o Furacão foi mais pressionado. E o terceiro foi Pablo, o autor do triunfo, que abre uma boa vantagem para o jogo da volta, próxima quarta-feira, na Arena da Baixada. Com o resultado, o Rubro-Negro joga por um empate na semana que vem no jogo de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana.
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O Atlético iniciou a partida com a mesma preocupação da véspera – o gramado da Fonte Nova. Apesar de quase 36 horas de trabalho dos funcionários do estádio, era inevitável que o piso continuasse irregular, apesar da melhora sensível. “Mas no primeiro carrinho vai sair grama”, disse Paulo André, em conversa com a repórter Nadja Mauad, da RPC. Como o meio estava mais castigado, o técnico Tiago Nunes optou por Wellington, mais marcador, deixando Bruno Guimarães no banco.
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Mas mesmo com a opção de mais controle, o Furacão sofreu no primeiro tempo. O Bahia se colocou dentro do campo atleticano, impedindo a saída de jogo, tanto pelo passe, quanto pelo chutão. O plano dos donos da casa era esse mesmo, encurralar seu adversário e pressionar até abrir o placar. E aos poucos os baianos foram chegando, circulando a área de Santos e levando perigo. Até o primeiro lance de gol anulado. Após quatro tentativas seguidas, com a bola batendo e rebatendo, Clayton tentou um voleio, mas fez jogo perigoso em Nikão. O gol inicialmente foi dado, mas após a intervenção do boliviano Gery Vargas, o árbitro de vídeo, seu companheiro no campo, o argentino Fernando Rapallini, acabou cancelando a marcação após ver o monitor.
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O lance teve sua polêmica, mas era mais evidente para mostrar o domínio do Bahia. Que persistiu até o final do primeiro tempo, apesar de Lucho González quase ter marcado. Raphael Veiga, Marcelo e Nikão eram muito marcados, Pablo só foi acionado uma vez (quando deixou Lucho pronto pra abrir o placar) e os dois laterais não tinham espaço para apoiar. E o segundo tempo começou do mesmo jeito. Até o segundo lance de gol anulado. O chute de Nino Paraíba foi desviado por Ramires. Novamente o gol foi dado, e desta vez nem houve ida ao monitor, e o VAR convenceu o árbitro do impedimento de Edigar Júnio, que estava adiantado.
Só aí o Atlético acordou. Primeiro acertou a marcação – no intervalo, Tiago Nunes havia cobrado muito o time. Depois, passou a encontrar espaços para jogar. E, quando era ameaçado, Santos fazia defesas fundamentais. Em duas cabeçadas do zagueiro Lucas Fonseca no mesmo canto, o goleiro atleticano operou milagres e garantiu o Furacão.
E enfim, aos 21 minutos, usou do chutão para resolver a partida. Numa saída de Santos, Nikão ganhou por cima e Pablo avançou até mandar um chute indefensável. Lance de quem conhece, pra mudar a história do confronto. O Bahia sentiu o golpe, e o Atlético se acertou de vez. Dali até o final, não houve ameaça ao gol de Santos. Foi um jogo controlado pelos visitantes, que eram minoria na Fonte Nova, mas saíram comemorando uma vitória importantíssima.
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