Velho incômodo

Um dos destaques do Atlético, Jonathan fica fora de momentos decisivos

Até aqui, Jonathan já jogou 29 partidas na temporada. Número superior a 2015 e 2016 juntos. Porém, ficou fora em duelos fundamentais. Crédito: Daniel Caron

Contratado no final de dezembro, o lateral-direito Jonathan chegou ao Atlético como uma aposta. Apesar de já ter 30 anos e experiência de título de Libertadores e passagem pelo futebol europeu, o jogador vinha de poucas atuações nos últimos dois anos por conta de lesões. Tanto que, em um primeiro momento, vinha para ser reserva do então titular Léo, atualmente no Coritiba.

Mas assim que a temporada começou, o atleta assumiu a titularidade e não largou mais, se mostrando uma peça importante para o Furacão, com atuações que ele mesmo não tinha há alguns anos. Forte defensivamente e, principalmente, uma alternativa no ataque, o camisa 2 logo virou um dos líderes e, possivelmente, um dos melhores jogadores do time. Porém, as lesões ainda acabam atrapalhando sua sequência.

Jonathan não ficou de fora de tantos jogos do Rubro-Negro no ano. Se desconsiderar as partidas pelo Campeonato Paranaense onde a garotada foi escalada e comandada pelo ex-auxiliar Bruno Pivetti, o clube entrou em campo 45 vezes. O lateral-direito esteve presente em 29 delas, ou seja praticamente em 65% dos jogos. Como um comparativo, já jogou mais que nos últimos dois anos inteiros. Em 2016, pelo Fluminense, foram somente 24 vezes em campo, sendo a última em julho. Em 2015, na Inter de Milão, da Itália, foi ainda pior, com somente três jogos, antes do problema no joelho.

Dentro do atual elenco, somente oito jogadores atuaram mais que ele em 2017: o volante Matheus Rossetto, com 46 partidas, o goleiro Weverton, com 44, o meia Sidcley, com 43, o meia Nikão, com 40, o atacante Douglas Coutinho, com 38, o zagueiro Paulo André e o volante Lucho González, com 33, e o zagueiro Wanderson, com 32. Além deles, Otávio, que já foi para o Bordeaux, da França, atuou em 30 oportunidades antes da transferência.

Porém, Weverton, Sidcley, Douglas Coutinho e Wanderson jogaram com a garotada no Estadual, tendo, consequentemente, mais chances de jogar. Ou seja, para quem tem o estigma de viver lesionado, Jonathan está entre os dez que mais estiveram em campo, com os mesmos 29 jogos que o zagueiro Thiago Heleno, por exemplo.

Momentos decisivos

O problema do lateral é o número de partidas perdidas em sequência e que muitas vezes aconteceram em momentos decisivos da temporada. Primeiro foi na reta final do Campeonato Paranaense. O jogador sofreu uma lesão muscular na coxa na semifinal contra o Londrina e ficou fora das finais do Estadual e de duas partidas na Libertadores.

Depois, ficou fora do duelo de ida das oitavas da competição continental contra o Santos, na Vila Capanema, no começo de julho, por ainda sentir dores musculares. Em seguida voltou e foi decisivo para o Atlético empatar com o líder Corinthians em 2×2, na Arena Corinthians, quando fez um golaço, driblando três adversários. Só que no final do mês é que começou, talvez, o pior período do atleta.

No dia 20, no empate em 0x0 com o Botafogo, na Arena, ele precisou ser substituído aos 31 minutos do primeiro tempo, após tentar alcançar um cruzamento pela esquerda, quando sentiu novamente um problema muscular, ficando fora por mais duas semanas. Retornou na vitória por 1×0 sobre o Palmeiras e foi um destaques do Furacão neste confronto e também no duelo de volta das oitavas da Libertadores contra o Santos, quando, apesar da derrota por 1×0 e da eliminação, foi um dos melhores em campo.

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Só que na partida seguinte, na goleada por 4×1 sobre o Bahia, Jonathan ficou apenas 17 minutos em campo, quando precisou ser substituído, novamente por conta de lesão muscular, a quarta no ano e que o já tirou das duas últimas partidas.

Com mais uma semana e meia de treinamentos, a expectativa é que o lateral retorne no Atletiba do dia 10 de setrmbro, na Arena. Quando esteve em campo, Jonathan já mostrou potencial e que é decisivo para o Rubro-Negro, fazendo valer a aposta da diretoria em dezembro passado. Porém, precisa provar que as lesões são apenas coincidências e não um problema crônico.

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