Confusão

Torcida do Atlético perde a paciência e protesta antes, durante e depois do jogo

Teve até briga nas cadeiras da Baixada. Foto: Albari Rosa

Em busca de uma vaga na Copa Libertadores da América do ano que vem, o Atlético terá que, mais uma vez, administrar a crise que vive atualmente com a torcida Os Fanáticos, sua principal organizada. Na noite de domingo (1), antes do duelo importante contra o Atlético-MG, na Arena da Baixada, houve um protesto da facção fora do Joaquim Américo por conta das recentes proibições aos seus materiais e adereços em duelos do clube dentro de casa na competição nacional.

Em jogo abaixo da crítica, Atlético perde e fica “no meio do caminho”

Na Praça Afonso Botelho, em frente à Arena, um grande número de torcedores com faixas, baterias e sinalizadores fizeram um protesto pacífico contra a atual diretoria do Furacão. O presidente do Conselho Deliberativo Mario Celso Petraglia foi o principal alvo dos torcedores durante a movimentação. Mesmo estando afastado oficialmente do clube, o dirigente segue tendo participação ativa nas decisões do dia a dia, principalmente nesta questão contra as organizadas. Inclusive, uma bandeira da CAPGigante, chapa do mandatário atleticano, foi queimada.

A maioria desses torcedores, inclusive, decidiu, nessa partida, não entrar na Arena da Baixada para empurrar o Atlético a conquistar uma vitória diante do Galo. Uma forma a mais de protestar diante da proibição dos materiais da organizada e que aumentam ainda mais a crise da facção com a atual gestão do clube.

Um dos motivos deste protesto tem a ver também com a liberação de todos os materiais da torcida organizada Fúria Independente no jogo de terça-feira (3), às 20h30, contra o Internacional, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Na verdade, essa foi uma das exigências da diretoria do Paraná Clube quando fez o acordo com o Atlético para alugar a Arena da Baixada para mandar a partida contra o colorado gaúcho.

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Dentro da Arena da Baixada, os torcedores que entraram, antes mesmo de a bola rolar, também protestaram. O alvo novamente foi Mário Celso Petraglia, que mesmo “afastado”, segue tendo participação ativa nas decisões do clube no dia a dia, sobretudo nas mais importantes, como essa envolvendo a torcida organizada Os Fanáticos. Petraglia também representou o Atlético na assinatura da “lei da cerveja” no gabinete do governador Beto Richa e se reuniu com a deputada estadual Maria Victória (PP) para tratar da biometria nos estádios.

Com a bola rolando, no entanto, os protestos foram deixados de lado pelo público que entrou na Arena da Baixada. Sabendo da importância da partida, a torcida rubro-negra fez sua parte, mesmo impaciente em alguns momentos com a atuação inconstante da equipe, apoiou o Furacão para buscar um bom resultado diante do Galo. Mas com a derrota e as falhas do time, a paciência se esgotou – enquanto muita gente desistiu do jogo após o segundo gol de Robinho, alguns se estranharam e houve brigas nas cadeiras. Os que ficaram, passaram a xingar novamente Petraglia e também Luiz Sallim Emed, presidente do Rubro-Negro.

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