Quase 12 anos depois, a Arena da Baixada voltou a ser palco de um duelo de semifinal da Copa Sul-Americana. Remodelado e ampliado, o Joaquim Américo recebeu ontem à noite, contra o Fluminense, o melhor público do Atlético na temporada de 2018. Ao todo, 28.403 torcedores acompanharam a vitória importante por 2×0 diante do tricolor carioca, que garante uma boa vantagem para o Furacão na partida de volta, marcada para o dia 28 deste mês, no Maracanã.
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História bem diferente daquela vista há 12 anos. No dia 15 de novembro de 2006, o Atlético, na Arena lotada com quase 20 mil pagantes, perdeu para o Pachuca, do México, por 1×0, e se complicou na luta por uma vaga na decisão. A eliminação foi confirmada duas semanas depois com a goleada por 4×1 sofrida para o time mexicano, fora de casa.
A noite de ontem foi, na verdade, mágica, como há muito tempo não se via. A briga com a diretoria do Atlético, pelo menos na hora do jogo, foi deixada de lado em prol de um bem maior. Em prol da tentativa da vaga inédita na final da Copa Sul-Americana. E o torcedor rubro-negro começou a dar seu show ainda fora da Arena da Baixada.
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Por volta das 20h, o ônibus com a delegação do Atlético chegou ao estádio. Do lado de fora, na Rua Brasílio Itiberê, uma legião de atleticanos estava lá para recepcionar o time. A equipe rubro-negra, na verdade, já começou a sentir um pouco do que seria o clima dentro da Arena. Crianças, mulheres, velhos, ou seja, torcedores de todos os tipos, com um só pensamento de dar aquele incentivo a mais para o jogo de logo mais.
Já dentro do Joaquim Américo, o apoio incondicional ao time atleticano iniciou ainda no aquecimento. O torcedor gritou o nome de todos os jogadores que, em poucos minutos, entraram em campo para representar o Atlético no duelo de ida da semifinal diante do Fluminense. Ainda antes do jogo, o bom e velho protesto da torcida organizada Os Fanáticos pedindo a liberação da bateria e xingando o presidente do conselho deliberativo do clube, Mário Celso Petraglia.
A Arena da Baixada também viveu uma noite diferente no que diz respeito à torcida visitante. Como o regulamento da Copa Sul-Americana exige um espaço para os torcedores adversários, o espaço destinado aos tricolores estava praticamente lotado. Com a aproximação do jogo, as tradicionais provocações com os atleticanos esquentaram um pouco mais o clima para a partida decisiva.
Com a bola rolando, a torcida do Atlético deu um show à parte. O apoio incondicional ao Furacão veio desde o primeiro minuto, provando que a sintonia entre time e torcida tornam o clube quase imbatível dentro da Arena da Baixada. O Furacão veio abaixo aos 19 minutos, quando Renan Lodi abriu o placar. O barulho ensurdecedor dentro do Joaquim Américo assustou o Fluminense, que pouco fez no restante do primeiro tempo.
Na vitória
No segundo tempo, o Atlético não teve uma apresentação vistosa. Passou algumas dificuldades, tomou sustos, mas seguiu contando com o apoio da galera. Quando o Furacão melhorou na etapa final, o torcedor atleticano sentiu o bom momento e foi junto com o atacante Rony, que marcou o segundo gol, abriu uma boa vantagem para o jogo de volta e completou a festa. Ao final da partida, refletores apagados e celulares ligados para deixar a noite ainda mais bonita na Arena da Baixada.
O duelo diante do Fluminense marcou também o melhor público na temporada. O recorde deste ano, até então, pertencia à decisão do Campeonato Paranaense, quando o Atlético venceu o Coritiba com a presença de 23.581 torcedores. Se passar pelo Fluminense e for à final da Copa Sul-Americana, há a expectativa de que os números de ontem sejam superados.
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