O confronto entre Atlético e Bahia, pelas quartas de final da Sul-Americana, trouxe à Arena da Baixada um ambiente pouco visto em 2018: um clima de festa, capaz de fazer o Caldeirão ferver. E os 21.977 torcedores presentes cumpriram seu papel e ajudaram o Rubro-Negro a carimbar seu passaporte para a semifinal da competição continental em uma emocionante cobrança de pênaltis.
O bom público foi o segundo mais expressivo do ano dentro da Baixada. Só perdeu para os quase 24 mil torcedores presentes na grande final do Campeonato Paranaense, quando o Atlético garantiu o título em cima do rival Coritiba.
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Chegar longe em uma competição internacional fez bem ao time não só pelo aspecto institucional, mas pelo emocional. Na arquibancada, os gritos de Atlético ecoavam. Dentro da Arena, durante os 90 minutos finais do jogo eliminatório – que durou 180 somando a ida e a volta- não havia espaço para protestos, para a insatisfação em relação a algumas determinações da diretoria atleticana, para a indignação pela elitização do futebol ou para lamentar a triste ausência da organizada. Ao longo desse tempo de jogo, todos os rubro-negros ali eram um só com um objetivo em comum: empurrar o Furacão dentro de campo para garantir o time na fase seguinte.
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Durante a semana, a torcida organizada Os Fanáticos chegou a elaborar uma carta em conjunto com a Associação de Sócios e Torcedores do Atlético, pedindo ao presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia, a liberação da festa dos torcedores, garantindo a entrada de adereços para aqueles que comparecessem à Arena. A carta foi completamente ignorada. Ainda que o impasse entre as partes estivesse longe de ter um fim, uma trégua momentânea foi determinada para o jogo. A importância da partida fez qualquer desavença ser deixada de lado.
Aperitivo
Horas antes de a bola rolar, um grande número de torcedores se aglomerou na rua Brasílio Itiberê para recepcionar o time. Na chegada do ônibus da delegação atleticana, muitos fogos de artifícios, fumaça vermelha e cantos da torcida, que em determinado momento chegou a gritar: “Libertadores, estamos chegando”. A referência à competição mais importante do continente é porque o campeão da Sul-Americana tem vaga garantida na Libertadores em 2018.
O gol do Bahia, aos 47 minutos do primeiro tempo, não fez a torcida desanimar. O apoio da “geral” deixava viva a esperança pela vaga. Em um ataque que quase terminou no gol do Rubro-Negro, Pablo encarou os torcedores na Buenos Aires inferior, levantou os braços e pediu ainda mais força. Deu certo. Ainda que tenha sido nos pênaltis, o Atlético respirou aliviado. Classificação garantida, torcida feliz e, por algumas horas, paz selada. O futebol ainda pulsa na Arena.
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