Aos poucos, o Atlético vai sentindo as consequências por acatar o projeto do Ministério Público do Paraná (MPP-PR), que prevê torcida única nos jogos de futebol. Na noite desta quarta-feira (13), por exemplo, o Furacão encara o Botafogo, no Nilton Santos, no Rio de Janeiro e apenas os torcedores mandantes poderão presenciar a partida. O jogo, que terá início às 21h, é muito importante para o Rubro-Negro, que vem de três derrotas seguidas e precisa vencer para tentar ficar de fora da zona de rebaixamento durante a parada do Campeonato Brasileiro por conta da Copa do Mundo. Seria fundamental contar com o apoio das arquibancadas – ainda que em menor número por ser um jogo fora de casa – para empurrar o time nessa difícil missão.
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A medida do time carioca é uma represália, já que, teoricamente, quando as equipes voltarem a se encontrar no segundo turno, os botafoguenses serão barrados da Arena da Baixada. Isso já havia acontecido no dia 27 de maio, contra o Paraná Clube, quando os dirigentes do Tricolor decretaram que os atleticanos não poderiam presenciar o clássico na Vila Capanema.
Até o momento, foram três partidas dentro da casa do Rubro-Negro em que os adversários – na teoria – precisavam ficar de fora: contra Cruzeiro, pela Copa do Brasil, no dia 16 de maio; Santos, no dia 31, e São Paulo, no dia 9 de junho, esses dois últimos pelo Brasileirão.
Idealizada no projeto está uma possível segurança aos torcedores do time da casa e menos efetivo policial na rua. Na prática, torcedores rivais, tendo que segurar os gritos de emoção e correndo o risco de se envolverem em alguma confusão, já que apenas dois seguranças fazem a proteção da área reservada por visitantes na Baixada. Nas ruas, as mesmas ocorrências de violência concentradas, na maioria das vezes, em terminais de ônibus e longe das praças esportivas que recebem os jogos.
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Mas ao que tudo indica, os dirigentes do Atlético estão irredutíveis e não se importam em agradar sua torcida. Firmes na decisão, não pediram para que a decisão pela entrada exclusiva dos botafoguenses hoje fosse revertida e sequer solicitaram a carga de ingressos para serem vendidos aos atleticanos. Hoje o Furacão vai ter que lutar contra tudo e todos pela vitória.
Resta aguardar para saber em que medida isso vai afetar – mais ainda – o relacionamento entre diretoria e torcida e, também, entre Atlético e demais clubes brasileiros.