O que se encaminhava na semana passada se confirmou ontem. Com as chegadas do técnico Enderson Moreira e do diretor de futebol Paulo Carneiro, aconteceram mudanças consideráveis no departamento de futebol do Atlético. Nove jogadores do time sub-23 foram promovidos à equipe principal e ficam automaticamente à disposição do treinador para a sequência da temporada.

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Assim, o time alternativo praticamente perde a razão de existir nesse momento, pois não disputará mais o Estadual e ficou restrito a quinze atletas, que não foram integrados nem ao elenco de Enderson nem ao time sub-20. A situação já se evidenciava com a sequência de partidas da equipe titular e a gradativa integração de alguns jogadores ao time até domingo comandado por Claudinei Oliveira.

O risco de rebaixamento preocupa muito a diretoria. O time está muito próximo de disputar o chamado Torneio da Morte, quadrangular com as quatro piores equipes, que rebaixa duas delas ao final.

“Acho que acima de tudo o Atlético tem que fazer sua parte. Infelizmente não dependemos mais da nossa força e resultado. Se acontecer, ótimo. Caso contrário, temos que estar preparados para o quadrangular, para que possamos conseguir o maior número de pontos”, disse Enderson Moreira.
Passaram a integrar o grupo principal o goleiro Macanhan, os zagueiros Lula, Rafael Zuchi e Ricardo Silva, o volante Matteus, o meia Bruno Mota e os atacantes Caíque, Crysan e o indiano Romeo Fernandes.

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Diversos jogadores que constavam na lista oficial do sub-23 já não mais aparecem, como Marco Damasceno, Matheus Rosseto e o zagueiro colombiano Oscar Cabezas. Estes e mais alguns voltaram ao sub-20.

Moreira iniciou seus trabalhos efetivos ontem. Em sua primeira entrevista ao site do clube, o treinador falou sobre o aproveitamento das categorias de base e pareceu muito criterioso. O transito livre que existia até então de jogadores do sub-23 na equipe principal deve cessar em um primeiro momento.
“Sempre tive cuidado para lançar jogadores. Temos que prepara-los bem antes de colocá-los realmente numa partida profissional. Sei de tantos atletas que passaram de grande promessa na base a jogadores que não tiveram reconhecimento como profissional”, comentou.

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Vitorioso como treinador de equipes de base (por exemplo, foi campeão da Copa SP de Juniores em 2007 pelo Cruzeiro), Moreira acredita que a cobrança tem que ser bem dosada. “Tenho atenção, cuidado e cobrança diária, para que possam sempre apresentar um grande futebol e caminhem bem como profissional”, falou.