Quando o técnico Fernando Diniz foi demitido pelo Atlético, no final de junho, o então comandante das categorias de base, Tiago Nunes, assumiu o cargo de maneira interina. O objetivo do Furacão era ’testar’ o treinador campeão paranaense e, dependendo dos resultados, poderia ser efetivado.
Passado um mês desde sua estreia, no dia 16 de julho, Nunes ainda não foi ’oficializado’ como técnico do Rubro-Negro. Mas, os resultados foram alcançados, o que já seria o suficiente para ele ser considerado o treinador atleticano. Até aqui, foram oito jogos, com três vitórias, quatro empates e uma única derrota, inclusive superando os confrontos como visitante.
Jogando fora de casa, o Atlético ainda não havia vencido com o time principal em 2018. Porém, na semana passada não só acabou com o jejum, como goleou o Peñarol por 4×1 em pleno Montevidéu, além de ter passado ileso nos 0x0 com Corinthians e Ceará pelo Brasileirão.
“Foram três jogos muito complicados. Atravessamos o país. Dos oito jogos pós-Copa que fizemos, cinco foram fora de casa. Então temos a expectativa agora de que com uma sequência maior em casa possamos fazer a pontuação necessária para sairmos da zona de rebaixamento”, apontou Nunes.
Nesta sequência de oito partidas, o novo comandante tem 54,1% de aproveitamento, enquanto com Fernando Diniz esse número era de apenas 34,9%, o que evidencia essa evolução. Sem contar que após a Copa do Mundo foram apenas seis gols sofridos e 14 marcados.
“Temos que ressaltar o bom momento que vivemos. Estamos em uma crescente e confiando que podemos render ainda mais, evoluir e buscar melhores resultados”, destacou o treinador.
Além disso, outro fator que pesa a favor de Tiago Nunes é ter conseguido esses números com pouco tempo para trabalhar. Desde o primeiro jogo, o 1×1 com o Cruzeiro, até o 0x0 com o Ceará, no último sábado, foram oito partidas em 27 dias, com apenas uma semana cheia, entre os duelos com Vitória e Corinthians, com a semana cheia para treinar.
Confira a classificação completa do Brasileirão
Antes da maratona, ele deve cerca de 20 dias, durante a paralisação da Copa do Mundo, mas foi um período menor que os demais clubes, uma vez que a diretoria do Atlético demorou para decidir pela demissão de Fernando Diniz, que após ter ido embora falou que faltou tempo para aprimorar suas jogadas, mesmo tendo praticamente três meses para apenas treinar, no início da temporada, quando a equipe alternativa disputou o Paranaense, comandada justamente por Tiago Nunes, e acabou conquistando o título.
Daqui até o final do mês, o Furacão terá mais três jogos apenas. Com mais tempo para trabalhar, a tendência é que o Rubro-Negro evolua ainda mais, para depois entrar em um setembro novamente complicado.
“A entrega física, a doação dos atletas é fundamental. Agora teremos uma semana para descansar os atletas, poder treinar, recuperar os jogadores lesionados e ficar com o grupo inteiro fisicamente porque depois vamos entrar em outra maratona”, disse o técnico.
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