Calor, gramados irregulares e início de temporada. O perfil peculiar do Campeonato Paranaense em suas primeiras rodadas é um golpe duro para os jogadores – sejam eles veteranos, no auge da forma ou mesmo os garotos do Atlético, que entram em campo às 22h, contra o Rio Branco, no Gigante do Itiberê. Preocupado com isso, o técnico Marcelo Vilhena quer contar com a estrutura rubro-negra para buscar a primeira vitória na competição.
O Atlético está colocando toda a tecnologia em favor da garotada. “O que temos aqui em termos de estrutura não existe no Brasil”, elogia Vilhena. Desde domingo, data da estreia no Paranaense, os jogadores estão sendo monitorados. Durante o empate com o Cascavel, eles usavam coletes com chips que indicavam o posicionamento, por onde corriam e quanto corriam. De posse desses dados, a comissão técnica se reuniu logo após a chegada em Curitiba para encaminhar a preparação da semana.
Sim, porque a preocupação com o desgaste também se estende para os próximos jogos. “É um início muito desgastante. Nesse primeiro momento são quatro jogos, os dois primeiros fora de casa e o seguinte um clássico”, analisa o treinador. E logo na primeira rodada já houve uma forte exigência. “A gente está sem ritmo de jogo, então acabou cansando mesmo no final do jogo contra o Cascavel”, admite o zagueiro Lula.
Até a chegada em Paranaguá, os jogadores seguem sendo avaliados. E se depender dos planos do técnico e de uma condição física boa, o time será o mesmo no confronto com o Rio Branco. Marcelo Vilhena não quer mudar por mudar – e também não tem um grupo completo. “Trabalhamos com vinte jogadores nesse momento, e dois ainda para serem liberados (o zagueiro Oscar Segura e o atacante Caíque). Além do Héracles, que será liberado apenas quando tiver condições plenas de jogo”, explica o técnico.
Mas Vilhena não quis confirmar a equipe. “Tenho opções interessantes, mas não quero mexer apenas por um jogo ruim. Ao mesmo tempo, temos a questão física e estamos avaliando o Rio Branco. Pode acontecer de uma alteração por questão específica deste jogo”, despista o comandante atleticano.
O Furacão espera um jogo complicado, talvez até com um abafa do Rio Branco nos minutos iniciais. “Estamos preparados para tudo”, garante Marcelo Vilhena, querendo acabar com um incômodo jejum do time sub-23 – em 2013 e 2014, o Atlético só venceu na quinta rodada da primeira fase. “Respeitando o Rio Branco, e sei que lá é muito complicado de jogar, que venha a vitória já na segunda rodada”, finaliza.
