Uma bola alta, daquelas vadias. Nada vai acontecer. Os locutores diziam que era aquele lance que o zagueiro “ganharia o leitão”. O Atlético não correria risco. Só que uma tentativa desastrada transformou uma jogada corriqueira num drama. Renato, meio-campista do Fluminense, inventou uma bicicleta maluca e não acertou a bola. Só que a trapalhada acabou bem no rosto de Wanderson. Começavam os nove minutos mais tensos da noite de terça-feira (6) no Maracanã.
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Wanderson caiu desacordado. Até a queda dele foi feia, a cabeça caindo primeiro que o corpo, sinal de quem estava desmaiado. Na hora todos os jogadores viram que havia algo errado acontecendo. Renato, um pouco desligado, um pouco errado, tentou levantar o zagueiro do Atlético. E era a hora de cuidado, não de pressa. Os médicos Murilo Ribas, do Furacão, e Michel Simoni, do Fluminense, correram para o campo. Nesses momentos, os profissionais de saúde não têm clube, eles imediatamente vão ao atendimento do paciente.
Enquanto isso, havia alguém cochilando. Justamente quem não poderia, o motorista da ambulância do Maracanã. Enquanto os dois times, os médicos, as comissões técnicas, os torcedores, até o narrador da TV, todos pediram desesperadamente a entrada do veículo para ajudar Wanderson, o cidadão curtia sua soneca. Depois de ser acordado, ele entrou derrapando pelo gramado do “maior do mundo”, cruzando de um lado a outro até chegar na área então defendida por Santos.
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O olhar de todos ainda era de preocupação. Afinal, Wanderson ainda estava desmaiado. A repetição da cena já viralizava nas redes sociais, assustando cada um que via – e isso incluía quem inclusive não sabia que Fluminense e Atlético se enfrentavam ontem, que o jogo estava no segundo tempo, que a partida estava 1×1, que Pablo tinha aberto o placar após bela jogada de Lucho González e Jonathan, que Reginaldo havia empatado depois do cruzamento do ótimo Gustavo Scarpa, e que naquela etapa final Douglas Coutinho tinha perdido uma chance incrível.
A expectativa de todos era saber como Wanderson estava. O Maracanã estava em silêncio. E sentiu-se o alívio quando o zagueiro despertou. Grogue, mas consciente, ele teve colocado o colete cervical, os paramédicos o colocaram na maca, de lá para a ambulância, e dali para um hospital na Barra da Tijuca (por que tão longe?). O susto havia passado. Renato só levara o cartão amarelo. O jogo iria seguir e terminar 1×1 mesmo. Mas o mais importante é que estava tudo bem que o zagueiro atleticano.
