Uma vitória apenas separa o Atlético da conquista do título inédito da Copa Sul-Americana. Sem jogar bem, mas eficiente, o time atleticano superou o calor, a pressão da torcida, a força do adversário e empatou em 1×1 com o Junior Barranquilla no primeiro jogo da decisão do torneio internacional. Na partida de volta, quarta-feira (12), na Arena da Baixada, que é o grande trunfo da equipe na era Tiago Nunes, o Furacão precisa de um resultado positivo para ser campeão. Qualquer empate leva a decisão da taça para a prorrogação e, se necessário, para as penalidades.

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No embalo da torcida que lotou o Roberto Meléndez, o Junior Barranquilla iniciou o jogo na pressão. No entanto, a ansiedade acabou atrapalhando o time colombiano nas principais investidas nos primeiros minutos de partida. Em uma delas, Luis Díaz recebeu na área, mas bateu fraco e facilitou a defesa do goleiro Santos.

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Com o forte calor, o Atlético tentava se poupar em campo por conta do desgaste e apenas marcava os donos da casa. Assim, o Junior Barranquilla, com mais posse de bola e mais organizado, encontrou nas investidas de Luis Díaz em cima de Jonathan a sua válvula para conseguir chegar com perigo à meta de Santos.

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O Furacão, por sua vez, não conseguiu chegar com perigo no primeiro tempo. Na verdade, o Rubro-Negro parecia que veio apenas para se defender. Quando os donos da casa conseguiam colocar velocidade na partida, o time atleticano tinha muitas dificuldades para encontrar o tempo de marcação. Aos 19, quase veio o primeiro gol da equipe colombiana. Depois da jogada ensaiada de escanteio, Cantillo encontrou Yoni Gonzalez na área, mas Renan Lodi salvou.

Renan Lodi teve trabalho, tanto na marcação, quanto lá na frente. Foto: Albari Rosa.
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A pressão do Junior Barranquilla aumentou. A melhor chance do time da casa veio aos 28. Depois do cruzamento na área e da falha de Renan Lodi, Luis Díaz, dentro da área, fez o giro, mandou de voleio e a bola saiu por pouco. O técnico Tiago Nunes, então, para tentar buscar novas alternativas ofensivas, fez uma inversão de lado entre Nikão e Marcelo. A mudança pouco fez efeito e o time atleticano, apesar de ter achado o tempo de marcação na reta final do primeiro tempo, pouco produziu e foi para o intervalo no lucro com o empate sem gols.

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O Atlético fez, em um minuto do segundo tempo, o que não fez em toda a primeira etapa. Na cobrança de escanteio de Nikão, Léo Pereira subiu livre, mas errou o alvo. O gol, então, veio aos cinco minutos. Nikão lançou, Pablo aproveitou a indecisão da defesa, ganhou na velocidade e bateu sem chances para o goleiro Sebastián Viera.

Torcida atleticana marcou presença na Colômbia. Foto: Albari Rosa.

Mas o Furacão foi do céu ao inferno em apenas dois minutos. Mal deu tempo de comemorar o gol e, na sequência, a defesa falhou feio e Yoni González bateu no canto de Santos para empatar a partida. Era tudo o que o Junior Barranquilla queria para retomar o controle da partida e incendiar de novo o torcedor. Para piorar, logo depois, o Furacão perdeu Pablo, machucado.

O Rubro-Negro se assustou um pouco com o gol tomado e voltou a jogar mais defensivamente. O Junior Barranquilla cresceu na partida e foi em busca da virada. O time colombiano sabia, sobretudo, a importância de conseguir uma vitória para ter mais tranquilidade na partida de volta, na Arena. O segundo gol poderia ter saído aos 25 minutos. Depois da cobrança de escanteio e de Luis Díaz perder grande chance, Rony cometeu penalidade em Gutiérrez. Rafael Pérez bateu com força, mas carimbou o travessão.

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Percebendo o perigo, Tiago Nunes tirou o meia Raphael Veiga para a entrada de Wellington. Perdeu um homem na criação e conseguiu equilibrar a partida. Pelo menos parou um pouco de ser pressionado. Mesmo assim, o Junior Barranquilla seguiu atacando mais. O Furacão, então, com uma boa postura defensiva, garantiu o empate, muito graças a Santos que fez um milagre nos acréscimos, e levou uma boa vantagem para a Arena da Baixada.

VÍDEO: Jogadores comentam empate com Junior Barranquilla

FICHA TÉCNICA

COPA SUL-AMERICANA
Final – Ida

Junior Barranquilla 1×1 Atlético

Junior Barranquilla
Sebastián Viera; Marlon Piedrahita, Jefferson Gómez, Rafael Pérez, Germán Gutiérrez; Luis Narváez  (Hernandez), James Sánchez (Moreno), Víctor Cantillo e Jarlan Barrera; Luis Díaz e Yony González (Luis Ruiz).
Técnico: Julio Comesaña

Atlético
Santos; Jonathan, Thiago Heleno, Léo Pereira e Renan Lodi; Lucho González (Marcinho), Bruno Guimarães e Raphael Veiga (Welllington); Marcelo Cirino, Nikão e Pablo (Rony).
Técnico: Tiago Nunes

Local: Estádio Roberto Meléndez (Barranquilla – Colômbia)
Árbitro: Diego Haro (Fifa-PER)
Assistentes: Jonny Bossio (Fifa-PER) e Victor Raez (Fifa-PER)
Gols: Pablo, 5, Yoni González, 7 do 2º
Cartões amarelos: Léo Pereira, Bruno Guimarães e Thiago Heleno (CAP); Rafael Pérez (JUN)
Público pagante: 33.795
Público total: 38.094
Renda: R$ 1.942.395,60

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