Todo jogo é decisivo para o Atlético. Na incômoda zona de rebaixamento desde o sábado, por conta da vitória do São Paulo sobre o Botafogo, o Furacão se vê ainda mais pressionado do que já estava por conta da sua péssima fase em campo. É preciso melhorar o rendimento, é preciso melhorar os resultados, é preciso melhorar tudo. E é preciso melhorar no Campeonato Brasileiro a tempo de melhorar para a Copa Libertadores, que logo chega. Nesta segunda (31), às 20h, contra o Vasco, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, o Rubro-Negro tem um grande desafio contra o time de Milton Mendes, que vive exatamente a situação oposta – saído de crise, vem em alta e luta por uma vaga no G6.
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Ao Atlético, o alento do jogo não ser em São Januário. O estádio vascaíno segue interditado por conta dos trágicos eventos que culminaram na morte de um torcedor após o clássico diante do Flamengo. “Ainda bem que a gente não vai jogar em São Januário, né, já que nunca venceu lá. Ainda bem que é em um campo neutro pela situação que a gente está vivendo”, admitiu o meia Nikão, um dos poucos que se salvaram na sequência de nove partidas sem vencer – seis pelo Brasileirão, duas pela Copa do Brasil e uma pela Libertadores.
E que situação é essa que Nikão diz? É a total instabilidade dentro e fora de campo que o Atlético vive. Fora, com pressão sobre a diretoria, afastamento de dirigente, pichações na Arena da Baixada, técnico Fabiano Soares criticado e torcida revoltada. Dentro, com queda brutal de rendimento de vários jogadores e um sistema de jogo que “prende” o time. “Aqui, retém-se a bola. Do terceiro quarto (do campo) para a frente, há uma diferença bastante notória”, confessou o volante chileno Pavéz, que deve estrear nesta segunda.
Quem mais é atingido neste momento é Fabiano Soares. Trazido com pompa pela diretoria, elogiado pelos certificados UEFA que detém, o treinador ficou isolado – Mário Celso Petraglia não participou de sua apresentação e logo se afastou do clube, Luiz Sallim Emed silenciou e Paulo Autuori voltou ao Atlético, mas está escondido. Em três jogos no banco, o técnico não venceu, e já é vaiado antes de as partidas começarem.
Se os responsáveis pelo clube não se manifestam, a defesa parte dos jogadores. “O Fabiano está fazendo um grande trabalho. Nos treinamentos ele faz trabalhos que estimulam os jogadores para serem mais agressivos e intensos. O torcedor vai cobrar mesmo pela situação que nós estamos vivendo. Mas nós sabemos que essa situação vai passar. Quando as coisas começarem a acontecer, o Fabiano vai ser aplaudido”, garantiu Nikão.
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Só que é preciso melhorar e logo. A defesa caiu de produção, o meio-campo segue sem criar, com a troca de passes que não chega a lugar algum e o atacante, seja Eduardo da Silva, seja Ederson, seja Ribamar, fica sempre isolado. “Não só o ataque, mas toda a equipe tem que melhorar. Só o que a gente está fazendo não é suficiente, tanto que está há nove jogos sem vencer. É se cobrar mais, se fechar mais. É um correndo pelo outro para que a gente, o mais rápido possível, saia desta situação que está incomodando todo mundo”, definiu o camisa 11 do Atlético.
O treinador não definiu a equipe, mas deve promover a estreia de Pavéz, no lugar de Otávio – em negociação com o Bordeaux, o volante não deve ser utilizado. Lucas Fernandes também está à disposição, mas deve ficar no banco. Titulares que não enfrentaram o Grêmio, como Lucho González, Ribamar e Thiago Heleno, também devem retornar à equipe.
Ficha técnica
BRASILEIRÃO
1º Turno – 17ª Rodada
VASCO x ATLÉTICO
Vasco
Martín Silva, Gilberto, Rafael Marques, Jomar e Ramón; Jean, Bruno Paulista, Escudero, Mateus Vital e Paulinho; Paulo Vítor (Thalles).
Técnico: Milton Mendes
Atlético
Weverton; Gustavo Cascardo, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Pavéz, Eduardo Henrique, Lucho González, Douglas Coutinho e Nikão; Ribamar (Pablo).
Técnico: Fabiano Soares
Local: Raulino de Oliveira (Volta Redonda-RJ)
Horário: 20h
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE)
Assistentes: Cleriston Cley Barreto Rios (SE) e Fábio Pereira (TO)