A primeira amostra de Sergio Vieira como treinador do Atlético teve dois momentos bem distintos. Se ele conseguiu colocar em campo a sua teoria sobre futebol no primeiro tempo do jogo contra o Brasília, depois o português se enrolou com as alterações e deixou a torcida rubro-negra que via o jogo na RPC desesperada. Apesar da reação positiva dos jogadores à classificação, o saldo do confronto foi negativo – e no seu primeiro teste, Vieira não passou.
Ainda na terça, véspera da partida do Mané Garrincha, o técnico interino falou bastante em organização e compactação – para ele, dois conceitos fundamentais no esporte. E foi o que aconteceu na etapa inicial. O Atlético avançou muito a marcação, ficou praticamente com todo o time no campo ofensivo. O Brasília foi muito pressionado e só podia sair no chutão. As melhores chances do Furacão foram nas bolas roubadas, que pegavam a zaga adversária desprevenida.
Mas havia um porém – que se mostrou no primeiro tempo e ficou escancarado no segundo. Ao adiantar o time, Vieira não se preocupou com as ligações diretas do adversário. E em lançamentos longos o Brasília aparecia sempre com um jogador livre. Não fosse a técnica primária da maioria dos jogadores candangos e o Rubro-Negro teria mais dificuldades.
Erros
O que preocupou de verdade foi o péssimo rendimento na etapa final. Aí sim o Atlético se perdeu, e Vieira se perdeu junto. A entrada de Bruno Pereirinha não se justificou nem como uma melhora nas jogadas ofensivas nem como uma recomposição defensiva. O lateral, compatriota do interino, entrou como meia pela esquerda e não ocupou o setor – no final do jogo estava quase como um ponta-direita.
A saída de Bruno Mota, o melhor em campo, para a entrada de Ytalo, não fez sentido. A partir da entrada de Pereirinha, o que se esperava era que Sergio Vieira colocasse Hernández no lugar de Sidcley. Mas o colombiano foi o último a entrar, e no lugar de Crysan, deixando o Atlético sem um atacante. O técnico disse que era o momento de ter “inteligência” – uma forma elegante de dizer que era a hora de segurar o empate. Os riscos que o Furacão passou na etapa final foram influenciados pelas ações de Vieira – e o que se viu de bom no Mané Garrincha também.
Renovado
Substituto de Natanael no decorrer da temporada, o jovem lateral-esquerdo Sidcley, herança do técnico Milton Mendes, que solicitou o retorno do jogador depois de alguns meses no Atlético-GO, renovou com o Furacão. Agora, o contrato do atleta com o time atleticano vai até o dia 25 de agosto de 2018. Houve ainda um aumento salarial ao jogador por causa da prorrogação contratual.