Restando apenas mais 12 jogos para acabar o ano, o Atlético terá que buscar nesta reta final de Brasileirão uma vaga na Libertadores do ano que vem tendo que superar um problema que se arrastou ao longo de todo 2017: o ataque.
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De janeiro até aqui, Grafite, que já foi embora, Eduardo da Silva, Ederson, Pablo e Ribamar já foram os homens de referência do Furacão e nenhum provou ser o matador do time. Tanto que o técnico Fabiano Soares, recentemente, optou por escalar o meia Guilherme mais avançado, mas a improvisação durou pouco tempo.
Alternativas que o treinador vai tentando encontrar pra resolver essa escassez de gols do setor ofensivo. Juntando todos os centroavantes utilizados pelo Rubro-Negro no ano, são nove gols. O último a marcar foi Ribamar, que é quem mais tem jogado com Fabiano Soares, quando balançou as redes do Fluminense na vitória por 3×1, no dia 24 setembro. Nos últimos dois jogos, não só o ataque, como todo o time passou em branco, nas derrotas por 1×0 para o Santos e 2×0 para o Atlético-MG.
No total, o camisa 9 fez dois gols em dez jogos com a camisa atleticana. Uma média baixa, mas melhor que a dos concorrentes, uma vez que Grafite fez um, Ederson e Eduardo da Silva marcaram dois cada e Pablo tem três. Mesmo assim, vem sendo cobrado pela torcida. Tanto que foi defendido pelo lateral-direito Jonathan. Para ele, o problema não é nem o centroavante, mas sim a criação, que vem encontrando dificuldades de fazer a bola chegar lá na frente.
“O Ribamar não tem culpa nenhuma. Pelo contrário, é um cara que briga o tempo todo lá na frente, nos ajuda, mas a bola precisa chegar até ele. E muitas vezes quando chega ele não faz porque tem um adversário pela frente. Torcedor tem o direito de nos cobrar, mas quando perde, perde todo mundo”, afirmou o jogador.
De fato, a bola pouco está chegando aos centroavantes durante todo o ano, seja com Paulo Autuori, Eduardo Baptista e até Fabiano Soares. Mas não significa que o time esteja marcando poucos gols. Sem contar as partidas do Campeonato Paranaense que foram disputadas pelo sub-20, foram, no ano, 49 jogos e 53 gols marcados. Ou seja, apenas 17% dos gols foram marcados pelos centroavantes do elenco.
Confira a classificação completa do Brasileirão!
Os artilheiros do ano são os meias Felipe Gedoz e Nikão, com sete gols cada um, seguidos por Thiago Heleno e Sidcley, com quatro cada, e Guilherme, que fez três. O que mostra também que quase todo o elenco está balançando as redes. Para se ter uma ideia, 13 jogadores já marcaram no Brasileirão.
A esta altura, não importa quem faça os gols, desde que o Furacão volte a vencer. Mas, o que é certo mesmo, é que o Rubro-Negro terminará 2017 sem um grande matador.