Além de ter que reverter a derrota por 3×2 no jogo de ida, na Vila Capanema, o Atlético terá um outro desafio diante do Santos, nesta quinta-feira (10), às 21h45, na Vila Belmiro: aprender a jogar sem o volante Esteban Pavez. O chileno foi titular nos últimos três jogos do Furacão e chamou a atenção pela forte marcação e também pelos passes. A primeira falta só foi cometida por ele no segundo tempo da vitória por 1×0 sobre o Palmeiras, no último domingo (6), no Allianz Parque. Nestes mesmos confrontos, a equipe não sofreu nenhum gol.
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Porém, apesar da eficiência, Pavez está fora da Libertadores, uma vez que já disputou a competição pelo Colo-COlo, ainda na segunda fase do torneio, quando seu ex-clube foi eliminado pelo Botafogo. Por isso, não foi inscrito pelo Rubro-Negro, que, agora, terá que achar uma alternativa para resolver a marcação no meio-campo.
Além de Pavez, o Atlético não terá Otávio, que foi vendido ao Bordeaux, da França, Bruno Henrique, que também não foi inscrito, e Deivid, que sequer viajou com a delegação para Santos. Entre os 20 relacionados, apenas um jogador é, de ofício, primeiro volante. Bruno Guimarães, que não joga desde o dia 9 de julho, no empate em 1×1 com a Chapecoense. Na ocasião, foi a última partida sob o comando do técnico Eduardo Baptista. Com o atual comandante, Fabiano Soares, o atleta não entrou em campo nenhuma vez, o que diminui as chances de começar como titular na Vila Belmiro.
A tendência maior é que a dupla de volantes seja formada por Matheus Rossetto e Lucho González. Dois jogadores que têm como característica principal o passe e a construção de jogadas, o que deixaria o Atlético mais ofensivo e com mais qualidade para criar mais oportunidades, uma vez que precisa marcar dois gols.
Por outro lado, a defesa acaba ficando mais vulnerável. E cada possível gol sofrido complica ainda mais a missão do Furacão. Até por isso, o lateral-esquerdo Fabrício foi inscrito, para fechar os espaços pelo lado, com Sidcley, que tem dificuldade na marcação, atuar no meio-campo com mais liberdade.
A ideia do Rubro-Negro é arriscar, surpreender o Santos. Para isso, terá que se reinventar e encontrar uma maneira de jogar sem depender do cão de guarda Pavez, que, pelo menos nos primeiros jogos, melhorou, e muito, a marcação do time.