Adversário do Atlético nesta quarta-feira (15), às 19h30, no Nuevo Gasometro, pela segunda rodada da Copa Libertadores, o San Lorenzo vive uma situação um tanto quanto diferente. Apesar de já estarmos em março, o ‘time do Papa’ fará apenas a sua terceira partida na temporada.
As poucas vezes em campo se deve a uma greve dos jogadores, que paralisou o Campeonato Argentino, por conta de salários atrasados. Até por isso, a equipe do técnico Diego Aguirre, ex-comandante de Internacional e Atlético-MG, só voltou a atuar na semana passada, quando foi goleada por 4×0 pelo Flamengo, na primeira rodada da fase de grupos da Libertadores. No final de semana, venceu o Belgrano por 2×1, no retorno do Campeonato Argentino.
Em questão de jogos, o time principal do Furacão jogou apenas cinco vezes na temporada, todas pelo torneio continental. No entanto, a diferença é que o Rubro-Negro optou pelo descanso no Campeonato Paranaense, para preparar melhor os jogadores.
Ainda assim, toda cuidado é pouco. Antes da paralisação do campeonato nacional, o San Lorenzo vinha em um bom momento até o final de 2016. Tanto que, após 15 rodadas, o clube é o vice-líder da competição, com 31 pontos em 15 jogos (nove vitórias, quatro empates e duas derrotas), apenas três atrás do Boca Juniors. O triunfo no último sábado (11) animou o treinador.
“Nos recuperamos da derrota que tivemos (para o Flamengo). Ganhar era importantíssimo, o resultado era primordial. O que eu mais gostei da equipe foi a vontade, a atitude e a entrega. Era fundamental que todos estivessem concentrados. A equipe cresceu, melhorou e teve coisas muito boas. A partir da vitória, vamos crescer, vamos ter mais tranquilidade para demonstrar que estamos brigando”, declarou Aguirre, que vê o duelo com o Atlético como fundamental.
“A partida contra o Paranaense é tremendamente importante. É uma partida que temos que encarar como uma final, é vital”, completou.
Elenco
Campeão da Libertadores em 2014, o San Lorenzo já não conta com um elenco com tantas peças conhecidas, apesar de contar com um grupo bastante experiente. Os nomes que mais chamam a atenção são os do zagueiro Angeleri, que atuou no Sunderland, da Inglaterra, e Málaga, da Espanha, e Coloccini, revelado pelo Boca Juniors e que passou anos na Europa, atuando por Milan, da Itália, Atlético de Madrid, da Espanha, e Newcastle, da Inglaterra, além de ter disputado a Copa do Mundo de 2006, e o meia Romagnoli, grande ídolo do clube.
Outro destaque é o meia paraguaio Nestor Ortigoza, que, assim como o goleiro Torrico, o volante Mercier, o meia Romagnoli e o atacante Blandi, é dos poucos remanescentes do time campeão continental três anos atrás.