Sentiu o baque

Sem convencer no ano, Atlético terá pouco tempo pra se recuperar mentalmente

Atlético vem sofrendo em 2017, no ataque e na defesa. E precisará recuperar a tal força mental pra melhorar. Foto: Hugo Harada

As derrotas por 3×0 para o Coritiba, pelo Campeonato Paranaense, e para o San Lorenzo, pela Copa Libertadores, ambas na Arena, transformaram o ambiente do Atlético. Se até então o Furacão vivia um momento tranquilo, assumindo a liderança do grupo na competição continental, e chegando à decisão do Estadual após uma primeira fase irregular, uma semana depois o time sentiu psicologicamente os dois tropeços em um momento fundamental da temporada.

“Construir demora-se muito, mas para destruir é rápido. Esses dois jogos certamente nos abalaram muito mentalmente, de forma clara e nítida”, admitiu o técnico Paulo Autuori.

Depois dos dois últimos jogos, o Rubro-Negro se viu em uma crise que chegou até aos torcedores, que se revoltaram após o duelo contra o San Lorenzo. Não só pela derrota, mas por conta do momento do time, que precisará ganhar do Coritiba, no domingo, no Couto Pereira, por pelo menos três gols de diferença, para levar a decisão para os pênaltis, e brigar pelo título estadual, além de ter que vencer a Universidad Católica, no Chile, para avançar para as oitavas de final da Libertadores sem depender do resultado do Flamengo.

Reflexo daquilo que o Atlético vem apresentando em toda a temporada. Em 15 partidas do time principal, o Furacão não conseguiu ter uma atuação convincente e até mesmo nas vitórias as falhas ficaram evidenciadas, com o time repetindo os mesmos erros no ataque e agora também tendo problemas na defesa.

Autuori admitiu que o time involuiu em relação ao ano passado e vê Furacão "nocauteado". Foto: Albari Rosa
Autuori admitiu que o time involuiu em relação ao ano passado e vê Furacão “nocauteado”. Foto: Albari Rosa

“Não se questiona quando se ganha, esse é o problema. Se fecha os olhos para muita coisa, mas isso é natural. Perdemos completamente aquela eficiência e solidez defensiva. Aquilo era o suporte e o objetivo esse ano era manter isso e agregar com outros jogadores uma melhora no sistema ofensivo. Nesse momento a equipe não está fora de possibilidades em relação às duas competições, mas o rendimento poderia e deveria ser melhor em termos coletivos”, destacou Autuori.

Agora o Atlético entra pressionado em uma outra sequência complicada. Entre a volta da final do Paranaense no Couto Pereira e a última rodada da fase de grupos da Libertadores, o Furacão estreia na Copa do Brasil, quarta-feira que vem, contra o Santa Cruz, em Recife, e depois no Campeonato Brasileiro, diante do Bahia, em Salvador.

Ou seja, os próximos quatro jogos do Furacão serão fora de casa e que podem traçar o futuro atleticano na temporada, uma vez que três deles são decisivos. Por isso, a preocupação maior é de como os jogadores vão se comportar psicologicamente.

“(o time) Involuiu mentalmente e temos que reagir de alguma maneira. Fomos nocauteados em dois jogos e por erros nossos. Isso dificulta bastante e agora temos que ver como vamos reagir. A equipe sempre reagiu bem, mas sempre de um jogo para outro. Engatamos dois jogos seguidos de maus resultados e má exibição. Então não conseguimos fazer aquilo que normalmente fazíamos. Agora temos que levantar. Falar é fácil, mas vamos ver o que vai acontecer nos próximos jogos”, completou o treinador.

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