Libertadores?

Sem alma, Atlético perde outra como se nada tivesse acontecido

A tristeza de Pablo simboliza a decepção rubro-negra. Foto: Eduardo Valente/Estadão Conteúdo

Florianópolis – É possível entender o que foi o Avaí 1×0 Atlético deste domingo (26) por um lance. Segundo tempo, Sidcley é lançado, Alemão chega com tudo. Pênalti. Fagner cai, a ambulância é chamada, o zagueiro é atendido até pelo médico do Furacão. Orientado a deixar o jogo, Alemão briga até com o técnico Claudinei Oliveira e decide voltar. Em todo esse tempo, Fabrício estava esperando para cobrar a penalidade. Tem a calma e a experiência para assumir a responsabilidade. Manda nas nuvens.

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O Atlético perdeu o jogo não apenas porque Fabrício perdeu o pênalti, mas por não demonstrar que realmente quer uma vaga na Libertadores do ano que vem. Mesmo que dependesse de outros resultados, o Rubro-Negro tinha a obrigação de vencer, mas assim como na derrota para a Ponte Preta, demorou para acordar e fazer o mínimo que fosse para buscar o resultado.

Contra um adversário desesperado, que fez promoção de ingressos e lotou a Ressacada, o Furacão entrou em campo como se fosse uma partida qualquer. Acabou sendo “atropelado” no início da partida. Maurinho arriscou, Weverton defendeu. Marquinhos cruzou, a defesa tirou. Pedro Castro saiu livre, entrou na área e rolou para Maicon. Gol avaiano. O lateral que jogou na seleção brasileira acertou um belo chute, mas os donos da casa tiveram espaço de sobra para criar.

E minutos antes Weverton saiu como louco da área e pediu para o técnico Fabiano Soares ajustar o sistema de marcação. O treinador orientou, mas nada aconteceu. Ele também parecia anestesiado, sem perceber que o esquema com três volantes impedia o time de jogar – e mesmo com a chance de mudar o esquema quando Lucho González se machucou, Fabiano preferiu colocar Eduardo Henrique a apostar de uma vez em Felipe Gedoz.

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O meia só foi entrar lá pra frente. Antes dele, depois de um primeiro tempo quase nulo de chances rubro-negras, entrou Sidcley no lugar de Pavez. Enfim o Atlético chegaria mais à frente. Mas enfrentava uma equipe que jogava uma decisão, com postura de quem sabe quem precisa fazer a própria parte para escapar do rebaixamento. O já citado Alemão e o volante Judson simbolizavam essa vontade, que superava as carências técnicas do time, ainda dependente de Marquinhos.

Depois de perder o pênalti e contar com a entrada de Gedoz, o Atlético pelo menos teve as bolas paradas. Numa delas, Thiago Heleno só não marcou porque Douglas fez um milagre. Pouco para justificar ao menos um empate em Florianópolis. Enquanto isso, o Avaí festejava até cobrança de tiro de meta e garantia uma vitória que o mantém vivo na luta para escapar do rebaixamento na última rodada do Campeonato Brasileiro.

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E o Furacão? Mais uma vez ficou devendo. Refém de suas próprias escolhas e deixando claros os erros de avaliação de toda a temporada (insistência com Lucho, falta de criatividade no meio, isolamento do atacante de referência, no caso deste domingo Douglas Coutinho, poucas peças de reposição realmente efetivas), o Atlético vê a temporada terminando e os objetivos não serem alcançados. Não porque perdeu do Avaí na Ressacada. Mas pelo que deixou de fazer em toda a temporada.

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