As críticas do técnico Paulo Autuori ao gramado e à estrutura da Estradinha, a casa do Rio Branco, mexeu com os brios dos parnanguaras e acabou refletindo em um clima quente fora das quatro linhas no empate em 1×1. O treinador foi hostilizado e ao responder à torcida, foi alvejado por cusparadas. O goleiro Weverton também reclamou do que chamou da “ação de meia dúzia” de torcedores, que o atingiram com saliva e cachaça.

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Na coletiva, Autuori começou falando do jogo, mas não se conteve em disparar críticas ao comportamento de parte da torcida parnanguara e da estutura do estádio. “Hoje voltei no tempo, em que não se tinha condições de tomar banho no vestiário, de ver um vestiário pequeno no qual não cabiam todos os atletas. É preciso priorizar necessidades e não sonhos”, disse, alfinetando o presidente do Rio Branco, Thiago Campos.

O dirigente alvirrubro, em entrevista à Transamérica, afirmou que a reforma do estádio, que custou R$ 250 mil, era a realização de um sonho da torcida. “Revitalizamos o estádio, o nosso gramado. É claro que tem limitações, não é uma Arena da Baixada, mas é um estádio que não deixa nada a desejar. Deve haver um respeito com clubes menores”, afirmou.

No breve intervalo que deu para que os jogadores se reidratassem, parte dos torcedores começou a agredir o treinador com palavras e cusparadas. Quando o jogo voltou, foi a vez de Weverton ser vítima dos cuspes e de, segundo ele, cachaça atirada ao gramado. “Jogador tem que ter o psicológico bom para aguentar falta de respeito”.

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O treinador garantiu que cobrou da arbitragem que as ocorrências sejam registradas na súmula do jogo. “Tem que colocar. Se não fizer, é negligência. No Brasil, falta coragem para se tomar atitudes”, finalizou.