Não vale muito

Querendo apenas somar pontos, Atlético recebe hoje o Palmeiras

Se disséssemos antes do Campeonato Brasileiro que o jogo entre Atlético e Palmeiras, hoje, às 21h, no Joaquim Américo, não teria mais importância para o Furacão, alguns estranhariam. Se disséssemos no final do primeiro turno que o jogo não teria mais importância para o Furacão, alguns ficariam muito irritados. E se disséssemos há quatro rodadas que o jogo não teria mais importância, alguns ficariam surpresos. Mas é isso – em meio à disputa eleitoral e recebendo um time que precisa vencer para seguir sonhando com o G4, o Rubro-negro joga sem pressão.

Isto porque a equipe conseguiu reagir e vencer no Brasileirão. A quatro rodadas do final, o Atlético está a oito pontos da turma da Libertadores e a doze da ZR. Matematicamente, tudo é possível, mas na realidade o destino do Furacão é ficar no meio da tabela – e se possível acima. “Nosso planejamento é fazer o maior número de pontos possível. A situação melhorou, mas queremos terminar bem”, explicou o técnico Cristóvão Borges, em entrevista à RPC.

Dez dias se passaram da última partida, a vitória sobre o Avaí. Tempo festejado pelo o treinador. “Demos folga por conta da sequência de jogos, e mesmo assim tivemos bastante tempo para treinar, fazer observações, foi um período proveitoso”, comentou Cristóvão, que vê o time em constante evolução. “Em termos de números, tivemos melhoras importantes. No comportamento da equipe também. E havia essa preocupação quando eu cheguei. Nós corríamos muito e não controlávamos o jogo. Com a preparação física que temos, tínhamos que ter mais domínio das partidas. E isso aconteceu mais, o que me deixa satisfeito”.

Foco

Apesar do agitado clima eleitoral, técnico e jogadores ignoram o assunto e pensam apenas nas quatro rodadas restantes do Brasileiro. Até porque os boleiros têm noção de que a perda de foco fez com que a excelente campanha terminasse com alguns apuros. “Começamos muito bem o Brasileiro, mas na virada do segundo turno tivemos uma queda. É normal, mas nossa queda foi muito grande. Se tivéssemos conquistado duas vitórias estaríamos brigando até agora”, admite Marcos Guilherme.

E assim o time está pronto para o desafio desta noite contra o Palmeiras – que poderia tanto ser um jogo importante na luta pela Libertadores ou um drama na fuga do rebaixamento. No final das contas, não é nada disso. “Nosso objetivo é somar pontos, conquistar vitórias e ultrapassar adversários”, finalizou Cristóvão Borges.

Alterações na dupla de zaga

O Atlético de hoje contra o Palmeiras não será muito diferente daquele que venceu o Avaí. A solução tática encontrada por Cristóvão Borges vai ser repetida, com Barrientos e Sidcley no meio-campo, formando um time mais agressivo – e que tentará explorar a pressão que o time paulista tem pelo resultado. Dúvida, só uma, apesar do treinador não ter oficializado a escalação para o jogo das 21h.

Isto porque o zagueiro chileno Vilches vai cumprir suspensão automática. Na teoria, como Kadu volta naturalmente, não haveria problemas, mas Wellington sentiu dores na coxa e pode ser vetado. A surpresa seria a volta de Cleberson, afastado há oito meses por causa de uma lesão grave no joelho. Se estiver bem, Wellington joga – inclusive porque Furacão e Verdão se acertaram e a cláusula contratual que impedia o zagueiro de enfrentar o clube que detém seus direitos foi revogada.

Quando fala em escalação, Cristóvão prefere comemorar o fato de ter tido tempo para treinar e de ter avaliado praticamente todo o grupo. “Agora os jogadores estão voltando de contusões, alguns tiveram poucas oportunidades para ser estudados”, disse o técnico em entrevista à RPC. Quando a pergunta sobre quem j,ogaria na defesa voltou, ele desconversou de novo. “Trabalhei com todos os zagueiros”, resumiu.

O treinador atleticano aproveitou o tempo entre os jogos também para estudar o Palmeiras. “E eles têm virtudes importantes, como as jogadas ofensivas e de bola parada. É o time que mais fez gol de cabeça”, relatou Cristóvão, que também sabe os pontos fracos do time de Marcelo Oliveira. “Temos os números em que eles têm dificuldades, mas esses eu não vou falar não”, avisou

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