Otimismo

Problema em 2017, zaga do Atlético também começou mal em 2016, mas melhorou

Paulo André admite que time piorou na defesa em 2017, mas por ter melhorado a qualidade técnica do time. Foto: Aniele Nascimento

Melhor defesa do Campeonato Brasileiro do ano passado, ao lado do Palmeiras, com apenas 32 gols sofridos em 38 partidas, a zaga do Atlético se tornou o grande problema do time na temporada. Até aqui, foram 20 partidas realizadas com a chamada equipe principal, com 28 gols sofridos, média de 1,4 gols por partida. Uma queda bruta de rendimento se comparar a 2016, quando sob o o comando de Paulo Autuori foram 49 gols sofridos em 57 jogos, média de 0,86 gol por partida.

Dados que só pioram se levar em consideração que o sistema defensivo teve sua base mantida para esta temporada. A única mudança aconteceu na lateral-direita, quando saiu Léo para a entrada de Jonathan. Mas o problema não vem sendo as peças, uma vez que entra zagueiro e sai zagueiro e os gols continuam saindo. Thiago Heleno, Paulo André, Wanderson, Cléberson e Zé Ivaldo já foram usados e a defesa ainda continua batendo cabeça.

Para Paulo André, um dos mais experientes do elenco, o problema não está só no setor defensivo, mas sim na equipe como um todo, que ganhou mais qualidade em relação a 2016 e acabou se descuidando lá atrás.

“No fundo, nós tínhamos um time muito mais limitado ofensivamente ano passado que este ano. Então a gente acabava tendo que se desdobrar na marcação, porque sabíamos que era o nosso diferencial. Todo mundo acabava auxiliando muito defensivamente e isso fez a diferença para alcançar os resultados que alcançamos”, destacou o camisa 13 do Furacão, sem, no entanto, eximir a culpa da zaga.

“Quando você tem mais qualidade, você tem jogadores que improvisam mais, criam mais, e não respeitam tanto a parte tática defensiva. Mas isso está no preço da qualidade que você tem e nós temos que nos ajustar lá atrás para dar essa liberdade para eles. Não podemos perder poderio ofensivo para melhorar na parte ofensiva. É um cobertor curto, mas os que estão ali atrás podem melhorar”, completou ele.

Porém, se serve de consolo, no ano passado o Rubro-Negro demorou para se acertar na zaga após a chegada de Paulo Autuori. Nos primeiros 20 jogos sob o comando do treinador, foram 22 gols sofridos. O número, ainda assim, é menor do que o atual, mas o que chama a atenção é o que vem na sequência. Nas 37 partidas seguintes, o Atlético foi vazado apenas 27 vezes, média de 0,72 por jogo.

Uma melhora que passou pelo equilíbrio tão pedido em 2017 e que, de certa forma, aconteceu no começo desta temporada mas foi perdido nas últimas partidas, quando foram 16 gols levados em apenas sete partidas. Antes disso, eram 12 em 13 confrontos.

“São muitos gols, sem dúvida. Não estávamos acostumados. É um pouco de desatenção, temos que ter controle mental, paciência e aprender a sair atrás no placar no jogo e manter o mesmo padrão, organização. Ano passado, saímos poucas vezes atrás aqui. Temos que voltar a ter esta solidez para, pouco a pouco, tirar essa margem ruim. Na Libertadores, por serem jogos mais decisivos, conseguimos nos entregar mais, ter mais atenção e no Brasileiro temos que retomar isso”, completou Paulo André.

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